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Policia MT
Quinta - 01 de Agosto de 2019 às 09:12
Por: Por Mel Parizzi, TV Centro América

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Boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da mulher, registrado na época do crime — Foto: Polícia Civil - MT
Boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da mulher, registrado na época do crime — Foto: Polícia Civil - MT

Jairo Narciso da Silva, de 64 anos, que procurou a delegacia de Sinop, a 503 km de Cuiabá, na terça-feira (30), para confessar ter matado e enterrado da mulher dele, há 24 anos, pensou que não seria preso por ter cometido o crime. Entretanto, segundo o delegado, o crime de ocultação de cadáver é permanente e o suspeito pode responder pelo fato.

Ainda segundo o delegado Ugo Angelo Rech de Mendonça, o idoso relatou que matou a mulher, Luzinete Leal Militão, na época com 28 anos, dentro do quarto do casal, enquanto ela dormia. O crime ocorreu em outubro de 1994.

Ele alegou ter cometido o homicídio por ciúmes da mulher, que tinha o costume de sair à noite para ir à festas. Em princípio, o suspeito golpeou a vítima com uma barra de ferro, mas ao perceber que ela não havia morrido, ele a asfixiou. Em seguida, ele enterrou o corpo da vítima no banheiro que estava em construção.

Junto com o corpo, ele enterrou joias e os documentos pessoais da vítima para simular que ela tivesse fugido de casa. Inclusive, logo após o crime, o suspeito registrou um boletim de ocorrência para comunicar o desaparecimento da mulher. No documento ele alegou abandono do lar.


Na época, os registros eram feitos à mão e, como ainda não havia um campo para 'comunicante', o suspeito é identificado como vítima. No caso, seria vítima de abandono.

Trecho em que suspeito aparece como vítima no boletim registrado em 1994 — Foto: Polícia Civil - MTTrecho em que suspeito aparece como vítima no boletim registrado em 1994 — Foto: Polícia Civil - MT

Trecho em que suspeito aparece como vítima no boletim registrado em 1994 — Foto: Polícia Civil - MT

Na ocasião do crime, os dois filhos e duas irmãs da vítima estavam na casa, mas não ouviram nada. Luzinete tinha um filho de 10 anos, do primeiro relacionamento e outro de 8 anos, filho do suspeito.

Depois que Jairo confessou o assassinato, o delegado conseguiu falar, por telefone, com as irmãs de Luzinete, que moram em uma cidade vizinha, mas elas não prestaram depoimento ainda. Os filhos só ficaram sabendo do homicídio essa semana.

Algum tempo depois do crime, Jairo vendeu a casa. Por essa razão, a polícia aguarda uma decisão da Justiça para escavar o local indicado pelo suspeito, em busca dos restos mortais da vítima.

Ao contrário do que o suspeito imaginava, segundo o delegado, embora o homicídio tenha prescrito, Jairo pode ser indiciado por ocultação de cadáver.





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