Polícia russa busca outras duas integrantes da Pussy Riot
A polícia russa busca os outros membros da banda de música Pussy Riot que participaram de uma "oração punk" contra o presidente Vladimir Putin em uma catedral de Moscou, depois que três de suas cantoras foram condenadas na semana passada a dois anos de prisão.
"As operações de busca são realizadas atualmente", indicou nesta segunda-feira à France Presse um representante da polícia de Moscou.
Andrey Smirnov/France Presse | ||
Garotas da banda Pussy Riot permanecem sentadas em cela de vidro durante julgamento em Moscou |
No dia 21 de fevereiro, cinco mulheres encapuzadas subiram no altar da catedral de Cristo-Salvador em Moscou. Imitando uma oração, pediram para a Santa Virgem "tirar Putin" e foram evacuadas por agentes de segurança.
Além das cinco jovens, outras pessoas participaram da ação, filmando a cena na catedral
SEM PEDIDO DE PERDÃO
As três integrantes condenadas anunciaram que não pedirão o perdão do chefe de Estado.
"Nossas clientes não pedirão perdão", afirmou o advogado de defesa Nikolai Polozov. "Literalmente afirmaram: que vá para o inferno com seu perdão", completou.
Nadezhda Tolokonnikova, 22, Yekaterina Samutsevich, 30, e Maria Alyokhina, 24, foram condenadas na sexta-feira (17).
EUA, Alemanha, França,e Bélgica disseram que a sentença foi "desproporcional". Na própria Rússia, grande parte da população criticou a condenação.
Nesta segunda-feira, o opositor russo e ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov informou que foi convocado pela polícia, que o acusa de ter mordido um agente, delito pelo qual pode ser condenado a cinco anos de prisão.
Kasparov foi detido na sexta-feira (17), quando participava em uma manifestação de apoio ao Pussy Riot.
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