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Agronegócios
Quinta - 08 de Agosto de 2019 às 10:27
Por: Diário de Cuiabá

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Pela primeira vez ocupando o posto de segundo maior exportador de algodão no ranking mundial, conforme informações da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil se prepara para colher em torno de 2,8 milhões de toneladas de pluma da cultura em 2019. Entre os dez estados produtores está Mato Grosso, responsável por 66% da produção nacional.

Neste cenário, surgem oportunidades de crescimento também para o agricultor Gustavo Berto, produtor de algodão há 20 anos, na Fazenda Santa Laura, em Campo Verde (138 quilômetros ao sul de Cuiabá/MT). "Pretendemos continuar investindo e produzir cada vez mais para que, assim, possamos atender essa crescente demanda", diz o produtor ao analisar expectativas de mercado. Berto já alcançou números expressivos ao utilizar ferramentas naturais de manejo nutricional em sua lavoura na última safrinha. "Com o uso dessas técnicas, obtive resultado inicial positivo, com aumento de produtividade em torno de 20 arrobas por hectare", conta.

De acordo com pesquisas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), somente no segundo semestre de 2018 e primeiro de 2019 os chineses já importaram cerca de 400 mil toneladas de algodão brasileiro, representando 40% do total das embarcações. Com o acréscimo nas exportações, melhorar a qualidade e consequente a rentabilidade da produção tem sido essencial em sua propriedade.

De acordo com o engenheiro agrônomo Vinicius Abe, gerente técnico especializado em grãos da Alltech Crop Science, o uso de soluções naturais à base de aminoácidos e precursores hormonais promovem estímulos fisiológicos na planta refletindo em ganhos na produtividade. "Desta forma, há melhor formação do vegetal, principalmente em seu aspecto estrutural, equilíbrio hormonal e nutricional, fazendo com que ele desenvolva uma melhor estrutura reprodutiva", explica o engenheiro.

QUALIDADE - Além da demanda produtiva, também é importante se atentar à qualidade do produto. Abe explica que o resultado final é reflexo dos aspectos nutricionais e hormonais da planta. Quando esses fatores estão bem equilibrados, automaticamente se tem melhor qualidade e comprimento das fibras de algodão.

Entre os nutrientes- chave que vão auxiliar no desenvolvimento do algodão, o especialista destaca o boro. "Ele age como um estimulante fisiológico, que pode ser trabalhado via complexação com aminoácidos, melhorando assim a capacidade de absorção pela planta", afirma. Dessa maneira, o especialista explica que é possível obter capulhos mais uniformes e em maior quantidade. Além disso, Abe orienta que os produtores tenham uma atenção especial ao sistema de produção, estendendo os cuidados de manejo às culturas de rotação que se intercalam com o plantio de algodão.





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