MT e China
Peste suína deve favorecer mercado mato-grossense de carnes
O aumento da demanda chinesa por carne suína não tem impactado positivamente apenas as exportações desse segmento da cadeia pecuária, como também o de bovinos. Esse movimento, que deriva do surto de Peste Suína Africana (PSA) que está ocorrendo na China, deve se manter por um período e forçar a habilitação de mais frigoríficos no Estado para atender ao peso do consumo chinês, o que abre novas oportunidade para Mato Grosso. Até julho, as exportações de carne bovina registraram alta de quase 9% sobre o mesmo período do ano passado.
Como explicam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o país asiático tem demandado produtos cárneos de outros países para abastecer seu mercado interno. “Diante disso, nota-se que a PSA na China tem beneficiado não somente a suinocultura brasileira, mas também o mercado de carne bovina, mesmo que em menor intensidade”.
O complexo China, Hong Kong e Macau importou de Mato Grosso, entre janeiro e julho desse ano, 57,39 mil TEC, aumento de 8,54% no comparativo anual, sendo o maior volume para este período e representa um share de 26,12% sobre as exportações totais do Estado.
Diante desse potencial de consumo, o Mapa tem pleiteado com o governo chinês um aumento no número de frigoríficos habilitados para exportação àquele país. “Caso isso se concretize e os frigoríficos mato-grossenses sejam aprovados, os embarques tendem a se fortalecer ainda mais, principalmente neste momento de demanda externa aquecida”.
Ainda conforme dados do Imea, Mato Grosso se mantém na segunda posição - atrás de São Paulo - no ranking nacional entre os maiores exportadores de carne bovina do País. Mesmo detentor do maior rebanho nacional - com mais de 30,3 milhões de cabeças - no comércio exterior o Estado responde por 19,36% do total de cortes bovinos embarcados, enquanto São Paulo participa com 20,89%.
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