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Economia
Terça - 22 de Outubro de 2019 às 15:45
Por: Assessoria de imprensa Sebrae MT – Luiza Menezes

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Para que uma empresa, independente do seu tamanho, cresça é preciso dar atenção a pontos fundamentais que fazem com que ela se desenvolva e gere bons resultados. A necessidade de crédito por parte dos empresários é um dos quesitos mais importante. No entanto, quando se trata de micro e pequenas empresas, a questão é um pouco diferente, pois buscar recursos financeiros em bancos, cooperativas ou agências de fomento, depende muito da situação em que o empresário está. Um estudo feito pelo Sebrae Nacional aponta que pegar empréstimo em banco é a sexta opção dos donos de micro e pequenas empresas que precisam de capital de giro.

O economista e analista da Gerência de Competitividade Empresarial do Sebrae MT, Fábio Apolinário, explica que um dos motivos para isso é por causa do histórico do Brasil em dificultar o acesso a crédito (o sistema tradicional financeiro brasileiro, basicamente, foi estruturado para grandes empresas, por causa disso, as suas exigências são baseadas nelas) e o próprio histórico de relacionamento com o banco que gera dificuldade de conseguir crédito com ele. “O processo de crédito envolve muitas etapas. Tem que ter cadastro, um histórico, apresentar garantias, comprovar a capacidade de pagamento e tem que ter reciprocidade, ou seja, tem que ter relacionamento com o banco para acessar os produtos. Então, a dificuldade de se relacionar com o banco é grande, o empresário acaba ou não procurando uma instituição financeira ou só busca quando precisa e isso atrapalha”, destaca Apolinário.

Conheça a necessidade da empresa antes de pegar dinheiro

Normalmente, quando empresários procuram crédito por meio de bancos, cooperativas ou agências de fomento é quando eles estão precisando de dinheiro e muitas vezes, essa necessidade vem por um problema de gestão: eles, provavelmente, não estão fazendo a melhor gestão do negócio e não consegue usar corretamente os recursos e aí falta dinheiro.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) possui várias ferramentas que auxiliam o micro e pequeno empreendedor a ter um diagnóstico e ver se realmente é crédito que o negócio precisa ou se pode ser feito um ajuste dos gastos que estão ocorrendo. Além de diversas atividades online (EAD) e presenciais, como: atendimentos, palestras, oficinas, cursos e as consultorias (a ferramenta mais elaborada, pois é um trabalho individual para a empresa, onde é possível ver qual é a situação dela).

Novas alternativas de crédito

Nos últimos anos outras possibilidades surgiram para colaborar com os micro e pequenos negócios. Entre elas estão as fintechs, na sua maioria startups, que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro. A maior parte delas desenvolve inovações na área de serviços financeiros, com processos baseados em tecnologia. São novos modelos de negócios relacionados a conta corrente, cartão de crédito e débito, empréstimos pessoais e corporativos, pagamentos, investimentos, seguros e muitos outros.

A mais recente opção no Brasil é a Empresa Simples de Crédito (ESC), que regulamenta algo que, teoricamente, já existia. “A ESC permite que você crie um negócio, que não precisa de autorização do banco central, montar um empresa com o seu dinheiro e que empreste o seu dinheiro para outras pequenas empresas, com as garantias que um banco tem”, esclarece Apolinário.

Contudo, Fábio Apolinário ressalta que ainda não está claro como o mercado financeiro vai reagir. “Embora eles não assumam isso, há uma certa resistência, pois querendo ou não isso abre o mercado ainda mais. Mas hoje eles veem também alguns pontos como oportunidades, pois a ESC só pode emprestar. Então, por exemplo, o dinheiro tem que sair da conta da empresa para a conta do cliente. E, obrigatoriamente, o dono de uma ESC tem que ter conta em algum banco e esse dinheiro vai movimentar o banco do mesmo jeito e esse cliente vai poder acessar os serviços que um banco pode oferecer”, afirma Apolinário.

Não espere a economia reagir

O país está passando por um processo estável na economia, a crise ainda não foi totalmente recuperada. Por isso, Apolinário enfatiza que o empresário não pode esperar o mercado reagir. “Não adianta ele ficar esperando a economia dar uma resposta, o empresário precisa ir atrás para resolver os problemas dele. Então, as micro e pequenas empresas que estão com problemas necessitam da ajuda de um especialista para tomar uma boa decisão. E mesmo aquelas que estão bem, é muito importante que elas também analisem antes de tomar qualquer recurso com o sistema financeiro para que elas não fiquem inadimplentes. O Sebrae existe para a colaborar com o crescimento das micro e pequenas empresas, independente da sua situação.





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