Viana nega uso de assessores em pleito e vai processar MCCE

  Viana e outros 9 deputados foram denunciados pelo MCCE por usar servidores do gabinete na Assembleia para auxiliar a campanha eleitoral de si, de familiares ou companheiros de partido. O movimento quer que o Ministério Público abra procedimento investigatório para apurar a existência das irregularidades. Trata-se de uma lista de 40 páginas com 274 nomes.

  Inconformado com a situação, Zeca Viana garante colocar à disposição os memorandos de exoneração dos ex-assessores que atuam em campanhas eleitorais. “Acho que foram 4 ou 5. Todos foram demitidos”, reforça.

  O pedetista também encaminhou nota à imprensa na qual pontua que os seus assessores de gabinete estão à disposição do suplente Márcio Pandolfi, empossado na última quarta (15). “Acessando hoje o site da Assembleia é possível ver, no lotacionograma, o nome de alguns funcionários que hoje estão em campanhas; isso porque se refere à folha do mês de julho”, diz Viana, que lembra ter tirado licença de 121 dias sem qualquer remuneração ou ônus à Assembleia.

  Maluf

  Guilherme Maluf, por sua vez, também se posicionou sobre o assunto, garantindo ter exonerado todos os assessores que trabalham na sua campanha. O tucano cobrou ainda que o MCCE apresente provas e ponderou que não se pode fazer acusações vazias.

Eis, abaixo, a nota encaminhada por Zeca Viana
1. Sempre primei pela ética na vida pública e apoio integralmente a Lei da Transparência, que obriga as instituições a divulgar informações sobre gastos, salários e funcionários. É por este motivo que me desliguei, sem ônus, das funções de deputado estadual; e por isso também que coloco à disposição os memorandos pelos quais os funcionários do meu gabinete pediram exoneração para atuar em campanhas eleitorais;
2. Nenhum funcionário do quadro atual de meu gabinete está trabalhando em campanhas eleitorais. Estão todos à disposição de meu suplente, o deputado estadual Márcio Pandolfi, e cumprindo integralmente o horário normal de trabalho na Assembleia Legislativa;
3. Os funcionários que estavam nomeados em meu gabinete e manifestaram o desejo de trabalhar em campanhas foram devidamente exonerados no devido tempo, ou seja, nenhum deles “acumulou funções” e nenhum deles figura na folha de pagamento de agosto (como comprovam os Memorandos nº. 128/2012/GAB214/ZV e nº. 138/2012/GAB214/ZV enviados à Secretaria de Gestão de Pessoas da AL)
4. Acessando-se hoje o site da Assembleia Legislativa, é possível ver, no lotacionograma disponível, o nome de alguns funcionários que hoje estão em campanhas; isso porque o lotacionograma se refere à folha do mês de julho;
5. Eu próprio tirei licença de 121 dias de meu cargo no início deste mês, sem qualquer remuneração e sem qualquer ônus para a Assembleia, para que não pairasse dúvidas sobre a minha conduta, uma vez que meu filho é candidato a prefeito de Primavera do Leste;
6. Considero imoral o uso de funcionários de gabinete do Poder Legislativo em campanhas eleitorais (por isso me acerquei de todos os cuidados), mas acredito que os responsáveis por entidade que se pretenda importante no contexto eleitoral, devessem verificar caso por caso antes de protocolarem denúncias infundadas;
7. Na denúncia, por exemplo, sem fazer qualquer tipo de verificação, o MCCE me acusa de ter tirado licença remunerada, afirmando jocosamente que não renunciei a um “gordo salário mensal”, e isso é uma mentira irresponsável;
8. Sendo assim, vou responsabilizar juridicamente o MCCE por divulgar informações caluniosas e levianas a meu respeito.
    Zeca Viana
   Deputado licenciado