Papa pede por mundo sem armas nucleares em visita ao Japão
O papa Francisco visitou hoje (24) a cidade de Nagasaki, no Japão, e discursou pedindo a abolição das armas nucleares, que chamou de "um atentado contínuo que clama aos céus".
Ele se dirigiu, a seguir, a Hiroshima. É a primeira vez em quase 40 anos em que um pontífice visita o Japão e as duas cidades atingidas por bombas atômicas.
O papa Francisco, de 82 anos de idade, chegou a Nagasaki na manhã de hoje. Ele é um forte defensor do desarmamento nuclear.
O pontífice visitou um parque localizado no ponto zero da explosão da bomba atômica despejada sobre a cidade por forças americanas há 74 anos. O ataque a Nagasaki em 9 de agosto de 1945 matou cerca de 70 mil pessoas.
Mensagem sob chuva
Apesar da forte chuva, sobreviventes da explosão e convidados reuniram-se hoje para ouvir a mensagem de paz do papa. O trecho a seguir é uma transcrição de parte de seu discurso.
"Este lugar nos faz mais conscientes da dor e do horror de que os seres humanos são capazes de infringir a si mesmos. A cruz bombardeada e a estátua de Nossa Senhora descobertas recentemente na Catedral de Nagasaki nos lembram mais uma vez do horror indescritível sofrido em suas próprias carnes pelas vítimas e suas famílias", disse.
O papa também comentou sobre seu compromisso de apoiar o mecanismo internacional de controle de armas, inclusive um tratado que proíbe bombas atômicas. Ele pediu aos líderes mundiais que assumam a causa.
Também em Nagasaki, o pontífice visitou um local importante para os católicos no Japão, um monumento que homenageia 26 cristãos crucificados no fim do século 16 porque tinham fé. A visita à cidade contou ainda com uma missa celebrada em um estádio de beisebol.
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