Diocese afasta padres suspeitos de crimes sexuais e inicia investigação contra eles
Diocese de Rondonópolis-Guiratinga informou, por meio de nota oficial, que foi aberto um Procedimento Canônico Investigatório para apurar se tem fundamento a denúncia contra os padres Jhonatha Almeida da Silva e Thiago Silveira Barros, supostamente envolvidos em crimes sexuais com menores de idade. A nota foi divulgada nesta terça (3) e assinada pelo Bispo Diocesano Juventino Kestering.
O caso veio a público nesta segunda (2) em uma reportagem exclusiva do . A denúncia traz relatos de um coroinha de 17 anos, que conta que foi violentado pelo Padre Thiago em julho deste ano. Ele teria mantido uma relação amorosa com Thiago dos 13 anos aos 17 anos. Além disso, menciona encontro com Jhonatha - que teria sido intermediado por Thiago.
A igreja, por sua vez, reforça na nota que, após tomar ciência dos crimes supostamente cometidos pelos dois padres, os afastou de forma preliminar para resguardar os direitos de todas as partes envolvidas.
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Padres Thiago e Jonatha são suspeitos de envolvimento com crimes sexuais com menores
“De forma preliminar, no dia 19 de novembro de 2019 foram afastados os presbíteros envolvidos de suas atividades ministeriais”, diz trecho da nota.
A diocese nomeou na segunda (2) o padre Erivelton Almeida como Pároco Administrador da Paróquia São João Bosco, que o Padre Jhonatha conduzia. Ele é quem vai atender às necessidades pastorais. A cerimônia de posse foi presidida pelo vigário geral, Gunther Lenbradl.
Integram na Paróquia as seguintes comunidades: Jardim Vila Rica, Residencial José Sobrinho, Jardim do Parque, Residencial João de Moraes, Jardim residencial Padre Lothar, Residencial Antônio Geraldino, Residencial Dona Neuma, Residencial Matias Neves, Residencial Paiaguás, bairros Jardim Adriana e Jardim da Mata 1 (um).
Por fim, na nota, Dom Juventino assegura que: “a Diocese de Rondonópolis-Guiratinga reforça seu compromisso com a palavra de Deus e com os fiéis, cumprindo o bem e empenhando-se na busca da Justiça e da verdade”.
Crimes
Em relação ao padre Jhonatha, no boletim, ficam registrados a apuração dos crimes de "aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, crianças com o fim de com ela praticar ato libidinoso (consumado), favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual de menor de 18 anos e maior de 14 anos (consumado). Corromper ou facilitar a corrupção de menores, utilizando-se de meios eletrônicos (consumado)".
Já em relação a Thiago, o caso foi registrado como investigação dos crimes de "aliciar, assediar, instigar ou constranger por qualquer meio de comunicação, estupro (consumado), favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual de menor de 18 anos. Estupro de vulnerável consumado, além de corromper ou facilitar a corrupção de menores, utilizando-se de meios eletrônicos (consumado)".
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