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Economia
Quinta - 16 de Agosto de 2012 às 23:05
Por: Renan Truffi

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta quinta-feira, um dia após o anúncio do pacote do governo voltado para estimular a infraestrutura do País por meio da concessão de rodovias e ferrovias, que será "difícil" avaliar o impacto dessas medidas no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas do País. "Certamente vale a pena (o pacote de medidas)", disse. "Qualquer coisa vale a pena, mas acho difícil avaliar o impacto no PIB."

 

 

 

No entanto, Andrade afirmou que o plano vai dar competitividade à indústria brasileira. "Um dos pontos mais discutidos é a necessidade de investir na infraestrutura para reduzir os custos dos nossos produtos", afirmou durante evento da revista IstoÉ Dinheiro, "As melhores da Dinheiro", que divulga quais são as mil maiores empresas que atuam no Brasil.

 

 

 

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, também afirmou que o pacote é positivo pois cria possibilidade de retorno ao investimento internacional no País e aumenta a confiança do empresariado. "O programa é para suprir as deficiências de infraestrutura que temos", disse.

 

 

 

Sobre os dados de geração de emprego com carteira assinada em julho divulgados hoje, Andrade disse que os dados mostram que os empresários estão mais otimistas e que é sinal de que o segundo semestre terá desempenho melhor que o anterior. "Os segundos semestres sempre são melhores ao Brasil", disse. No mês passado, foram criados 142,4 mil postos de trabalho formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Junho havia registrado o terceiro pior resultado do ano, quando foram geradas 120,4 mil vagas.

 

 

 

Ontem, o governo federal anunciou um plano de concessão de rodovias e ferrovias em todo o País. Nos próximos 25 anos, a concessão dessa malha para a iniciativa privada vai render aos cofres públicos a cifra de R$ 133 bilhões. Somente nos primeiros cinco anos do programa, o governo estima arrecadar R$ 79,5 bilhões. Serão concedidos, ao todo, 7,5 mil km de rodovias e 10 mil km de ferrovias. Segundo a presidente Dilma Rousseff, o plano possibilitará a aceleração do crescimento econômico do País a 5% nos próximos anos. Para 2012, o governo prevê avanço de cerca de 3%, enquanto analistas de mercado são mais pessimistas com 1,8%.

 

 

Entenda

- O plano de concessão de 7,5 mil km de rodovias e 10 mil km de ferrovias em todo o País deve render, nos próximos 25 anos, R$ 133 bilhões ao governo

- Somente nos primeiros cinco anos do programa, o governo estima arrecadar R$ 79,5 bilhões.

- Segundo a presidente Dilma Rousseff, os investimentos são necessários para o País ter uma economia cada vez mais competitiva, com boa infraestrutura, reduzindo o "custo Brasil"

- A seleção das empresas que vencerem as concessões será feita pela menor tarifa de pedágio, sem cobrança de ágio

- Não será cobrada tarifa na área urbana e os concessionários poderão somente começar a cobrar pedágio quando tiverem, pelo menos, 10% das obras de concessão concluídas

- As empresas que vencerem as licitações poderão contrair empréstimos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), a mesma usada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamentos

- Atualmente, a TJLP é de 5,5% ao ano. No caso das rodovias, a taxa de juros poderá ser acrescida de até 1,5% e, nas ferrovias, de até 1%

- As concessionárias vencedoras da licitação das rodovias terão carência de até três anos para começarem a pagar os empréstimos. O prazo aumenta para cinco anos no caso das ferrovias

- Os empréstimos poderão ser contraídos em até 20 anos, para rodovias, e 25 anos, para ferrovias. O financiamento vai variar entre 65% e 80% do valor total da obra

- O governo vai criar a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), com a função de estudar e gerenciar os investimentos nesses setores





Fonte: Terra

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