Trinta e oito soldados do Exército dos Estados Unidos teriam cometido suicídio no mês de julho, afirmou o Pentágono nesta quinta-feira. Segundo matéria da revista Time, o dado representa um aumento surpreendente na onda de suicídios que vem frustrando os líderes do Exército dos EUA durante anos.
Dentre os 38 soldados que cometeram suicídio, 26 estavam em serviço e sob o controle do Exército 24 horas por dia. Trata-se de um aumento de 117% em comparação a junho, que contabilizou 12 supostos suicídios de soldados em atividade. Dados sobre suicídios cometidos por soldados só começaram a ser contabilizados pelo Exército com assiduidade nos últimos anos.
Especialistas do Exército têm dificuldade para explicar o aumento nos casos. "Esta é a primeira vez desde 2001 que vimos a morte de sargentos superar a morte de soldados," afirmou Bruce Shahbaz, um analista médico da Força Tarefa para Prevenção de Suicídio do Exército dos Estados Unidos entrevistado pela Time.
"Problemas como depressão, ansiedade e distúrbios do sono - relacionados a stress pós-traumático - começam a surgir depois que o soldado passa mais de um ano em casa e finalmente começa a se reintegrar com a família... Eu comparo com uma panela que fica em fogo brando - quando o soldado volta para casa e tem tempo de se reintegrar a vida normal da família permite que o conteúdo da panela possa transbordar", diz.
Peter Chiarelli, um general aposentado, se diz frustrado com a falta de recursos e pesquisas no assunto. "Nós temos uma crise no Exército dos Estados Unidos", afirma. "Nós simplesmente não sabemos o suficiente", diz, cabisbaixo. "E, até que saibamos, todos permaneceremos frustrados."
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