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Terça - 17 de Dezembro de 2019 às 11:58
Por: Rodivaldo Ribeiro/Folha Max

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O ex-deputado federal e também estadual Eliene Lima é acusado pelo MPE (Ministério Público Estadual) de contratar e manter uma funcionária fantasma na Assembleia Legislativa de Mato Grosso por meio de sua influência política, mesmo à distância, a partir de Brasília (DF). Além disso, segundo o autor da ação, promotor de justiça Mauro Zaque, o ex-político também fazia rachadinha com J.C.R. (nome da suposta laranja) ao receber via Assembleia Legislativa e devolver — obrigatoriamente, sob ordens do próprio chefe — a maior parte do salário.

O montante desviado nessa manobra, conforme os cálculos da promotoria acostados na portaria, chegaria aos R$ 214 mil. Caso seja condenado por improbidade administrativa, o ex-parlamentar terá que devolver esse montante acrescido de juros e possível multa civil. Também foi pedido o bloqueio liminar desse montante.

De acordo com o narrado no documento do MPE, J.C.R. trabalhava como empregada doméstica na casa de Eliene localizada no bairro Santa Rosa, na capital. Ela própria, sempre de acordo com o órgão de controle ministerial, reconheceu em depoimento que trabalhava com Eliene Lima desde antes dele ele ser deputado estadual e, portanto, tê-la indicada a cargo comissionado na AL, onde permaneceu de 2009 a 2011.

Até 2008, ela trabalhava mesmo era na Câmara dos Deputados Federais, localizada no Distrito Federal. Em nenhum dos dois lugares houve prestação real de serviço, pois a mulher, induzida e sob ordens do político, jamais trabalhou em outro lugar que não fosse a casa do parlamentar. “A partir do momento que começou a trabalhar formalmente como secretária parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, a declarante fazia o saque de todo o dinheiro no Banco do Brasil, retirava sua parte (cerca de R$ 1.000) e entregava o restante para o referido rapaz que trabalhava para o deputado Eliene Lima”, consta em trecho da transcrição do depoimento.





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