Disputa ao senado
Pivetta confirma candidatura e intensificará conversas em janeiro "Posso contribuir como poucos nesse cargo, porque tenho muita experiência", disse vice-governador
O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) afirmou que vai disputar a eleição suplementar que ocorrerá em Mato Grosso no início de 2020, após a Justiça Eleitoral cassar o mandato da senadora Selma Arruda (Podemos).
Ao MidiaNews, Pivetta afirmou, inclusive, que já tem falado a pessoas mais próximas sobre sua intenção em concorrer ao cargo. As conversas, segundo o pedetista, devem se intensificar a partir de janeiro do próximo ano, quando ele também buscará aliados para seu projeto.
“Tenho a intenção de ser candidato, sim! Não tenho pressa. Tenho conversado com algumas pessoas com quem tenho mais relacionamento, mais confiança. Nada ainda em termos de proposta, mas manifestando minha vontade e comunicando que vou construir essa candidatura. E, a partir do início do ano, vamos analisar melhor e começar a intensificar o trabalho”, disse.
Tenho a intenção de ser candidato sim. Não tenho pressa. Tenho conversado com algumas pessoas com quem tenho mais relacionamento, mais confiança
Pivetta lembrou sua trajetória política no Estado, onde ele já está há mais de 40 anos, afirmou ter experiência em cargos públicos e disse conhecer as dificuldades que o Brasil atravessa.
Ele ainda defendeu a importância da aprovação de reformas para o País, especialmente a Política e a Tributária.
“É muito caro sustentar uma máquina publica que precisa de 40% do PIB pra andar e ainda assim tem uma dívida pública de R$ 4 trilhões. É um sinal de que as coisas não vem bem há muito tempo. E, se alguém pode fazer alguma coisa, é o Congresso Nacional”, afirmou.
“Então, decidi, mesmo sem nunca ter feito esse plano, que posso contribuir como poucos nesse cargo, porque tenho muita experiência e conheço muito bem a máquina publica, sei onde temos que mexer”, acrescentou.
Sem estranhamento
Ao contrário do que se comenta nos bastidores, Pivetta disse que não há qualquer tipo de estranhamento com o governador Mauro Mendes (DEM), em razão de sua decisão pela disputa ao Senado.
As especulações neste sentido ocorrem já que na disputa eleitoral do ano passado, Mendes apoiou a candidatura de Carlos Fávaro (PSD) – que terminou na terceira colocação – e que já manifestou interesse em pleitear a vaga novamente.
Decidi, mesmo sem nunca ter feito esse plano, que posso contribuir como poucos nesse cargo
Os comentários são de que a decisão de Pivetta teria colocado Mendes em uma “saia justa”, já que ele teria a intenção de apoiar Fávaro novamente.
“Não tem absolutamente nada disso. A eleição lá atrás foi uma eleição. Agora será uma nova. Então não tem nada a ver com a eleição passada. Ao menos é o que ele me falou”, disse o vice-governador.
“Entre eu e o Mauro sempre houve respeito e lealdade. Ele saberá escolher o que é melhor para Mato Grosso”, concluiu.
A cassação
Selma e seus suplentes Gilberto Eglair Possamai e Clérie Fabiana Mendes foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) em abril deste ano por omissão de despesas na ordem de R$ 1,2 milhão durante a pré-campanha e campanha de 2018, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.
Os gastos foram identificados na contratação da KGM, empresa de pesquisa eleitoral, e a Genius Publicidade.
No dia 10 de dezembro, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a cassação, por 6 votos a 1.
Os ministros também decretaram a inelegibilidade de Selma e seus suplentes por um prazo de oito anos, além da realização de novas eleições em Mato Grosso.
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