Traficante preso afirma que paga aluguel à facção e carrinho de lanche é só "fachada"

Traficante preso na noite desta terça (3) no bairro João Baracat em Várzea Grande disse à Polícia Militar que paga uma taxa à facção criminosa que o "legaliza" a comercializar drogas na região. Um carrinho de lanches na avenida principal do bairro é a fachada para que o criminoso agendasse as encomendas.

Uma chamada ao 190 dizia que um motociclista estava vendendo drogas pelo bairro. Militares do 4° Batalhão da PM em rondas pelo local, identificaram o suspeito trafegando pela avenida principal com uma criança na garupa.

Na primeira tentativa de abordagem, o suspeito fugiu, acelerando a moto pelas ruas do bairro. Houve perseguição e, no momento que foi detido, o rapaz reagiu contra os policiais e gritava por socorro, dizendo; "Vocês não vão salvar o irmão?"

Um aglomerado de pessoas respondiam com gritos afirmando que iriam liberar o rapaz.

Enfrentando aos policias o rapaz afirmou pagar uma taxa mensal de R$ 100 a líderes da faccão do bairro, disse ainda que lucro com a venda de drogas chegava a R$ 4,5 mil mas que o momento era de crise, pois uma facção rival estaria "segurando" um carregamento de drogas na fronteira.

Algemado e furioso, o suspeito afirmou ser membro de uma facção criminosa que o autorizava vender drogas ali e que foi preparado pelos membros como se comportar em interrogatório na Delegacia e também na Audiência de Custódia. Segundo ele, a orientação principal era se manter calmo e seguir o "roteiro".

Na casa do suspeito foram encontradas diversas porções de cocaína, já separadas em porções para venda. Em outro imóvel apontado pelo criminoso, no bairro Novo Horizonte, havia mais porções de entorpecentes.

A criança que estava com o suspeito foi entregue a uma tia, todo material apreendido foi direcionado à Delegacia de Entorpecentes junto com o suspeito.