Engenheira ensina mulheres a fazerem reparos em casas em Cuiabá Daniela Argenta dá minicurso para ajudar a resolver problemas domésticos do dia a dia, que geralmente, as mulheres dependem de alguém para solucioná-los.
Uma engenheira civil está ensinando mulheres a fazerem pequenos reparos em casa, em Cuiabá. Daniela Argenta, que atua em Cuiabá, ministra práticas de consertos exclusivamente para mulheres. O objetivo é ajudá-las a resolver problemas domésticos do dia a dia, que geralmente, as mulheres dependem de alguém para solucioná-los.
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Mulheres aprendem como realizar consertos domésticos dentro de casa — Foto: Edson Rodrigues
“Vários homens já procuraram, mas pretendo fazer turmas mistas. A ideia é que as pessoas se sintam acolhidas e seguras, mostrando as próprias vulnerabilidades e, com isso, aprendam sendo conscientes que todos nós temos limitações e somos capazes”, contou Daniela.
Daniela contou ao G1 que teve a ideia a partir da vivência. Um dia estava arrastando um paneleiro dentro da casa dela e veio a inspiração. Ela pensou nas amigas. Uma delas pediu uma furadeira, mas tinha que esperar o marido chegar e outra que pediu o contato de um marceneiro.
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Um dos assuntos abordados no curso é de como e para quê utilizar a furadeira dentro de casa — Foto: Arquivo pessoal
"Resolvi criar o minicurso por todas as mulheres que eu conheço e não sabem fazer nada. Mudando um paneleiro de lugar me veio uma ‘insight’. Aí decidi que precisava fazer algo com paixão e para ajudar outras mulheres a serem mais ainda empoderadas”, explicou a engenheira.
Após ser demitida da empresa onde trabalhava e com a inspiração do minicurso, Daniela se especializou fazendo um curso de reparos em São Paulo. O intuito de autossuficiência contribui no empoderamento pessoal e, principalmente, para as mulheres independentes, concordou a engenheira.
Os assuntos que devem ser abordados e ensinados no curso são diversos, como ferramentas manuais que devemos ter em casa. A utilização da furadeira e os casos em que deve ser usada.
Entre os serviços estão instalações hidráulicas e elétricas, como trocar a resistência queimada do chuveiro elétrico, torneira pingando, pia entupida, consertar e trocar tomadas e lâmpadas, entre outros.
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Engenheira civil ensinou como trocar resistência de chuveiro elétrico em curso exclusivo para mulheres em Cuiabá — Foto: Edson Rodrigues
Em determinada ocasião, ela fazia um reparo na casa dela, e a filha questionou o que estava fazendo. A engenheira explicou para a filha a situação e no momento entregou uma ferramenta para que a menina brincasse.
“Inclusive dei uma chave philips para ela brincar, estava montando alguma coisa e dei para ela. Incentivo ela a todo momento, inclusive uso uma camiseta, que praticamente fala que nós mulheres podemos fazer o que quiser. Vou continuar a incentivar ela para que aprenda a ser empoderada e saber fazer reparos sozinhas”, declarou Daniela.
Na camiseta dela tem uma frase que diz que as mulheres podem fazer o que quiser. “Yes, we can do it”, que em português quer dizer “sim, nós podemos fazer isso”. A engenheira disse que a mensagem atribui o pensamento ao empoderamento feminino.
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Daniela Argenta tem 39 anos e é engenheira civil há 15 em MT — Foto: Arquivo pessoal
Segundo a engenheira florestal, Liana Vicunã Nascimento dos Santos, o curso a surpreendeu muito e superou todas as expectativas criadas por ela. A aluna gostou tanto do curso que já se inscreveu em outro e mais completo.
“Esse é o tipo de serviço que a gente não se propõe a fazer por imaginar que só um profissional com aquela maleta cheia de ferramentas consegue resolver. Isso foi desmistificado. Aprendi a realizar alguns serviços que nunca pensei que fossem tão fáceis e, nem foi necessário um arsenal de ferramentas. Já estou ansiosa para aprender mais!”, exclamou Liana.
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Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, engenheira ministrou um curso para 35 mulheres e funcionárias do DNIT em MT — Foto: Edson Rodrigues
Daniela Argenta participou de uma competição de startups onde apresentou a ideia do curso e conseguiu conquistar o 3ª lugar no Startup Weekend Women 2019. No evento, ela contou que foi selecionada, mas a ideia central sofreu algumas alterações. O evento aconteceu no ano passado na Arena Pantanal em Cuiabá.
A empreendedora é engenheira civil há 15 anos, trabalha em áreas de rodovias, particularmente com faixa de domínio e desapropriação em uma empresa privada. Mora no estado desde os cinco anos de idade, estudou e se formou na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Ela é divorciada e tem uma filha de sete anos.
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Frase escrita na camiseta está em inglês e traduzida diz “sim nós podemos fazer isso”, engenheira atribui para incentivar o empoderamento feminino — Foto: Arquivo pessoal

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