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Cidades/Geral
Quinta - 16 de Agosto de 2012 às 15:39

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A advocacia pública federal pode ser a próxima categoria do funcionalismo público a entrar em greve nos próximos dias. As associações e sindicatos que representam a categoria farão consultas e assembleias até o início da próxima semana para decidir contra ou a favor da paralisação. Caso os profissionais optem por cruzar os braços, a greve deve começar na quarta-feira (22)

De acordo com Luís Carlos Palacios, diretor-geral da Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil), as carreiras da advocacia pública federal negociam com o governo há dois anos sem conseguir uma proposta concreta de aumento salarial.

Os servidores reivindicam equiparação salarial com a magistratura e com membros do Ministério Público Federal. "Na Constituição Federal nossa função está no mesmo patamar da deles, mas temos 40% menos de salário inicial", afirma. Segundo Palacios, 22 Estados pagam aos advogados estaduais salários melhores do que os oferecidos pela União.

Para o presidente da Anauni (Associação Nacional dos Advogados da União), Marcos Luiz da Silva, o governo está "empurrando" os profissionais da advocacia pública federal à paralisação, pois o Ministério do Planejamento não os recebe para negociar.

"[O ministério] está recebendo os auditores fiscais, a Polícia Federal, mas a nossa carreira não está sendo recebida. Com essa estratégia, eles praticamente nos empurram para a greve", disse.

A Unafe está fazendo uma consulta eletrônica sobre a possibilidade da greve em seu site. Uma assembleia foi marcada para esta sexta-feira (17) com o objetivo de confirmar o resultado.

Já a Anauni está fazendo uma enquete pela internet. No sábado (18), a associação fará reunião em Brasília para avaliar o que fazer caso a paralisação seja aprovada.

Silva disse que "cada entidade da advocacia pública está adotando uma postura diferente, mas todas têm o compromisso de, até o início da próxima semana, ter uma posição de seus associados".

Palacios afirma que uma paralisação das carreiras da área traria impacto no andamento de ações previdenciárias, pareceres e nas licitações e contratos para a Copa do Mundo, além de queda na arrecadação dos tributos em juízo.

PROTESTO

Ontem, manifestantes ligados às quase 30 categorias do funcionalismo público federal em greve fizeram protesto na esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso e ao Palácio do Planalto, em Brasília. Segundo a PM, o ato reuniu cerca de mil pessoas.

O palácio chegou a colocar a tropa de choque na rampa, apoiada por cães rottweilers. A presidente Dilma Rousseff, que participava do lançamento do pacote de concessões de obras federais, deixou o local por saída alternativa, sem passar pelos servidores.






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