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Quinta - 16 de Agosto de 2012 às 14:40
Por: Valérya Próspero

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     A votação "a toque de caixa" realizada pela Assembleia nessa quarta (15) a fim de permitir que o deputado José Riva (PSD) possa ser reconduzido à Mesa Diretora, em 2013, pegou a deputada Luciane Bezerra (PSB) de surpresa. Licenciada desde o dia 8, ela só soube da mudança no regimento na manhã dessa quinta (16) e acredita que a população só tem a perder. “Agora sim vai continuar a mesmice”.

 

     A socialista conta que a votação estava prevista para setembro e se preparava para voltar à Assembleia pensando justamente na manifestação contrária à medida. A parlamentar disse ter dúvidas de que a votação respeitou os prazos legais e pediu para sua assessoria jurídica investigar a situação. Ela também acusa os colegas de sempre aproveitarem o momento em que os parlamentares de oposição não estão presentes para colocar projetos polêmicos em pauta.

     Além de Luciane, já se manifestaram desfavoráveis Percival Muniz (PPS), que estava ausente se dedicando a campanha a prefeito de Rondonópolis, e Zeca Viana (PDT), que está licenciado para atuar junto a candidatura de seu filho, Matheus Viana (PDT), a prefeito de Primavera do Leste. O pedetista, no entanto, tomou o cuidado de orientar seu suplente, Marcio Pandolfi (PDT), a votar contra.

      Emanuel Pinheiro (PR) também foi desfavorável à proposta. Apesar do republicano ser simpatizante de Riva e possivelmente caminhar junto na busca pela reeleição, ele acredita que o ideal seria que cada mandato da Mesa fosse de apenas 1 ano e não 2, como acontece atualmente.

      O suplente que assumiu no lugar de Luciane, deputado Pedro Satélite (PPS), foi favorável à proposta. A deputada confessa que já imaginava que essa seria sua posição. “Eu já sabia, ele é peixinho deles”, disparou.

      Eleição de oposição da Mesa

      Luciane tenta formar grupo para contrapor a atual gestão da AL, mas até agora não teve grande sucesso. Ela afirma que os colegas têm resistência às mudanças, o que desanima a socialista para lutar pela “renovação” do Legislativo. “Nossa proposta é diferenciada, de respeito com o povo e do Governo, mas os colegas são arredios a isso”, disse.

      Para conseguir concorrer à presidência da Mesa Diretora, Luciane precisa reunir no mínimo 7 parlamentares. Tendo em vista que a chapa adversária também possui 7 membros, sobram 10 deputados para manifestarem o voto diferenciado. A eleição deve ser realizada em 27 de setembro. A chapa eleita toma posse na volta dos trabalhos do Legislativo após o recesso de final de ano, em fevereiro de 2013.





Fonte: RDNEWS

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