Pandemia
Índios são orientados a não saírem das aldeias em MT Estes cuidados buscam contribuir para a preservação da saúde dos povos e levam em consideração a vulnerabilidade, sobretudo, das populações indígenas recém contatadas e sem contato
Com a ameaça e o avanço do novo coronavírus (Sars-Cov-2), que provoca uma doença grave, a Covid-19, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) decidiu recomendar a todos os seus missionários e missionárias os cuidados necessários no que diz respeito ao contato com os indígenas, evitando visitas a aldeias e cancelando encontros e reuniões que possam expor indígenas e suas comunidades à contaminação.
Os índios têm sido orientados a não saírem das aldeias nesse período de pandemia mundial.
Estes cuidados buscam contribuir para a preservação da saúde dos povos e levam em consideração a vulnerabilidade, sobretudo, das populações indígenas recém contatadas e sem contato.
Em Mato Grosso, conselheiros indígenas e profissionais da equipe multidisciplinar da Fundação São Vicente, que atuam no Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (Dsei) de Cuiabá, visitaram as aldeias Wasusu e Gomes Carneiro, ambas localizadas na região de Rondonópolis (Sul de MT) e Comodoro (Oeste), para alertar as comunidades sobre a medidas de prevenção ao Covid-19.
"A orientação é que eles saiam apenas em casos de extrema urgência”, informou o coordenador Local da conveniada Fundação São Vicente de Paulo de Paraopeba (MG), Guilherme Chaves.
Segundo ele, a maioria das aldeias já suspenderam visitas de pessoas de fora permitindo apenas a entrada da equipe de saúde.
“Ainda não temos uma definição se terá a entrada dos profissionais nos próximos dias, mas de qualquer forma, já estamos orientando sobre as medidas de precaução para evitar a proliferação do coronavírus", afirmou.
Da etnia nhambiquaras na Aldeia Wasusu em Nova Lacerda, a técnica de enfermagem Tereza Cristina Braga Santos Marins destaca as medidas acertadas junto ao cacique líder da comunidade.
" Nós estamos fazendo a prevenção do vírus para que os indígenas não sejam contaminados. Ficou acordado eu eles não irão mais às fazendas, que é um passeio que eles gostam muito de fazer, então, eles não irão mais passear. Vão ficar nas aldeias", destacou a auxiliar de enfermagem.
Já na Aldeia Gomes Carneiro, as orientações aos indígenas da etnia Boe Bororo foram repassadas com o auxílio do odontólogo Frederico Rocha Couto.
"Aproveitamos a reunião marcada pela Funai com lideranças e funcionários da escola para fazer educação em saúde com ênfase nos protocolos adotados, ajustes de condutas e cuidados frente à atual situação do Covid-19", afirmou Frederico Couto.
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