Wellington é contra impeachment, mas afirma que Bolsonaro deve ser moderado
O senador Wellington Fagundes (PL), líder do Bloco Vanguarda do Senado, que agrega nove senadores do PL, DEM e PSC, descarta o impeachment do presidente da República Jair Bolsonaro como saída para a crise política e econômica causada pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Afirma que o momento é de diálogo em prol da unidade nacional.
“Como parlamentar, participei de dois impeachments, dos ex-presidentes Collor e Dilma Rousseff. São processos traumáticos, demorados e com consequências muito grandes para o país. Mas o presidente Bolsonaro precisa moderar seus posicionamentos”, ponderou Wellington, em videoconferência com jornalistas de Mato Grosso, na tarde desta quinta (26).
Wellington lembra que Bolsonaro foi eleito pela posição ideológica forte e por ir para o confronto contra os adversários. No entanto, acredita que a postura não é adequada para enfrentar uma crise da dimensão da provocada pela Covid-19.
“Temos que dar força para o presidente da República, mas ele precisa moderar também”
Wellington Fagundes“O que sustenta o governo na democracia é a aprovação popular. O presidente Bolsonaro foi eleito com perspectiva de mudança. A posição ideológica vem sempre muito forte, antes da administrativa. Não creio que seja o melhor caminho. No momento de crise, excesso não é bom. Temos que agir com bom senso. É preciso do equilíbrio”, completou.
Ocorre que em cadeia nacional de Rádio e TV, Bolsonaro retomou o tom agressivo que parecia ter abandonado recentemente, defendeu reabertura do comércio e das escolas. Além disso, voltou a criticar governadores pelo que chama de política de “terra arrasada”.
“Temos que dar força para o presidente da República, mas ele precisa moderar também. Os governadores que querem ser candidatos em 2022 não podem fazer politicagem. Não é hora de vaidade nem de pensar em eleições”, concluiu.
Mesmo sem citar nomes, Wellington se refere aos governadores de São Paulo João Doria (PSDB) e do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). Ambos fazem oposição sistemática e vivem em confronto com Bolsonaro.
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