Pandemia
Empresas do agronegócio asseguram abastecimento e portos funcionam normalmente A logística também é motivo de temor dos participantes. Mas os portos asseguram que estão funcionando normalmente
A pandemia do coronavírus trouxe preocupações para todos os setores da economia global.
O agronegócio brasileiro também avalia os impactos do isolamento social sobre a demanda de alimentos. Por enquanto, entidades representativas e empresas estão garantindo o abastecimento.
A logística também é motivo de temor dos participantes. Mas os portos asseguram que estão funcionando normalmente, garantindo o abastecimento.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se pronunciou no final de semana e reforçou que o escoamento, transporte e abastecimento da população serão assegurados.
Entre as entidades, a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e ABICS (Associação Brasileira da Indústria da Indústria de Café), entre outras, garantiram que não haverá problemas de abastecimento.
Empresas como a Marfrig e a Cosan também se manifestaram.
A Marfrig informou que manterá o funcionamento de suas unidades produtivas no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Estados Unidos, durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus, uma vez que considera sua atuação importante para garantir a segurança alimentar dos brasileiros e pessoas de outros países atendidos pela companhia.
De forma a contribuir para o pleno funcionamento dos sistemas logísticos e de energia do país neste momento de crise oriunda do Covid-19, e em função das necessárias medidas tomadas para quarentena de parte da população, a Cosan e suas empresas controladas (Rumo, Raízen, Comgás e Moove) decidiram que, neste momento, não farão redução do seu quadro de pessoal.
Os dois principais portos do país anunciaram, através de notas, que estão funcionando normalmente, apesar de alguns rumores e pedidos de estivadores para paralisação das atividades.
Estes boatos chegaram a atingir os mercados na semana que passou. Mas as mais recentes informações dão conta de funcionamento regular.
O Porto de Santos opera normalmente, dentro de critérios estabelecidos pelas autoridades de saúde de garantir maior proteção aos trabalhadores, sejam portuários, funcionários de empresas, caminhoneiros e outros colaboradores.
Segundo a nota, estão mantidas todas as atividades de movimentação de cargas em navios, caminhões e trens. Os acessos marítimos, rodoviário e ferroviário estão abertos sem qualquer restrição.
As informações partem da Autoridade Portuária de Santos (SPA – Santos Port Authority) e do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp).
A empresa Portos do Paraná esclareceu que os portos de Paranaguá e Antonina não terão as operações paralisadas e que todas as atividades de carga e descarga, por navios, caminhões, ou trens, serão mantidas normalmente.
A empresa pública reitera que está adotando todas as medidas de prevenção ao COVID-19 e publicou nesta quarta-feira (18) a Ordem de Serviço 64/2020, com todas as ações que serão tomadas para proteger os trabalhadores e toda comunidade.
Segundo nota da empresa, os boatos sobre qualquer tipo de interrupção nas atividades portuárias são falsos e prejudicam a economia e país.
“O Porto de Paranaguá é a maior fonte de emprego e renda no Litoral e tem um papel importante no comércio exterior, sendo essencial para o agronegócio e a indústria do Paraná e do Brasil. Por isso, a disseminação de “fake news” sobre o tema é um desserviço aos brasileiros”, complementou.
DECRETOS LOCAIS - Algumas informações sobre decretos em importantes cidades do agronegócio brasileiro estão causando confusão e disseminando temores. Ontem, matéria veiculada pela agência Reuters, indicava que a prefeitura de Rondonópolis no Mato Grosso havia ordenado o fechamento de serviços essenciais e que isso poderia atingir importantes indústrias locais, como Bunge e COFCO, entre outras.
Informações recebidas por safras, no entanto, indicam que indústrias como Cofco, ADM e Bunge estão funcionando normalmente na região e que só parariam de processar se portos e ferrovias fossem afetados.
GOVERNO FEDERAL - O Governo Federal publicou um decreto que define como serviços públicos e atividades essenciais a vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias, a prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais e a vigilância agropecuária internacional.
Segundo o decreto, as medidas previstas na Lei n 13.979, de 2020, deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e atividades essenciais citados.
O decreto também proíbe a restrição à circulação de trabalhadores que possa afetar o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais e de cargas de qualquer espécie que possam acarretar desabastecimento de gêneros necessários à população.
As limitações de serviços públicos e de atividades essenciais, inclusive as reguladas, concedidas ou autorizadas, somente poderão ser adotadas em ato específico e desde que em articulação prévia do órgão regulador ou do poder concedente ou autorizador.
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