Avanço de vírus
“Hora não é de disputa política, temos inimigo ardiloso em comum” Presidente da Assembleia defendeu união de gestores no enfrentamento a pandemia
O presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM) advertiu gestores que possam, de alguma forma, estar usando as medidas de combate ao novo coronavírus como forma de se capitalizar politicamente.
A preocupação ocorre especialmente em razão de este ser ano de eleição – caso não haja mudança no calendário eleitoral.
“Acho que o momento não é para disputa política. Se alguém está querendo ser protagonista, nisso eu tenho dito: cuidado, que isso pode reverter. Não é momento. O momento é de unirmos”, disse o presidente.
“Temos um inimigo comum, um inimigo ardiloso, porque ele é invisível e onipresente. Está em todos lugares e ninguém consegue ver. E é inimigo de nós todos. Temos que ter união nesse momento para enfrentar a crise”, emendou Botelho.
Temos um inimigo comum, um inimigo ardiloso, porque ele é invisível e onipresente. Está em todos lugares e ninguém consegue ver. E é inimigo de nós todos. Temos que ter união nesse momento para enfrentar crise
Embora Botelho não tenha citado nomes, nos últimos dias ficou evidente um novo estranhamento entre o governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), em razão dos decretos baixados por cada um deles.
De um lado, o governador tomou medidas um pouco mais flexíveis, enquanto que o prefeito adotou normais um pouco mais drásticas.
Questionado se os decretos assinados por Emanuel seriam muito drásticos, Botelho disse que não.
“Foi acertado. Cuiabá é realmente o maior foco em Mato Grosso. O governador fez uma referência para o Estado e cada Município pode fazer diferente. O governador não pode fazer decreto específico para Cuiabá”, disse.
“Tudo indica que hoje o foco é Cuiabá. Evidentemente que a Capital precisa ter mais restrições”, acrescentou.
Botelho observou também que, além do combate à doença, os políticos precisam estar atentos também às medidas que devem ser adotadas pelo Governo e pelos municípios como forma de atender àquelas pessoas em maior situação de vulnerabilidade em meio à pandemia.
“Além da doença, que é um inimigo, tem a crise social. As pessoas que ficarão em casa, precisam receber tratamento diferenciado, precisam receber alimentação, cuidados específicos da prefeitura, do governo. Empresas pequenas desesperadas, quebrando, não conseguem pagar nada. Tem esse outro lado”, disse.
“Temos que agir nas duas pontas e daí a necessidade de não entrarmos em disputa política”, concluiu.
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