Prefeito de Aripuanã contesta afastamento do cargo e alega perseguição política
O prefeito de Aripuanã, Jonas Canarinho, disse que o seu afastamento do cargo, aprovado pela Câmara de Vereadores, não tem fundamento, pois as denúncias são descabidas. “Não tivemos o direito de defesa e não tem nada que comprove algum crime que tenhamos praticado contra a ordem pública, principalmente no que se refere às finanças do município”, assinalou. Nove vereadores de Aripuanã votaram a favor do afastamento do prefeito por 90 dias, para investigação de supostas irregularidades. A sessão legislativa foi realizada nesta segunda-feira (6) e contou com a presença de 10 dos 11 parlamentares. Nove vereadores votaram pelo afastamento.
O gestor acrescentou que desde o início do mandato vem sofrendo perseguição política da Câmara. “As contas da prefeitura de 2017 foram aprovadas por unanimidade pelo TCE e os vereadores reprovaram, sem motivos, na tentativa de me deixar inelegível”, frisou.
O prefeito citou outras ações dos parlamentares com o objetivo de prejudicar os trabalhos desenvolvidos pela prefeitura no atendimento à população. Ele citou, por exemplo, a pouca flexibilidade que possui no remanejamento de recursos para investimentos em demandas locais. “Os prefeitos que me antecederam tinham em torno de 30% de possibilidade para remanejamento de recursos, e os vereadores aprovaram somente 3% para este ano, tentando impedir o nosso trabalho em prol da sociedade”, destacou.
Após a conclusão do relatório sobre o afastamento, o relator vai elaborar um parecer que será colocado em votação no Pleno da Câmara, que poderá retornar o prefeito ao cargo ou confirmar o afastamento.
Para reverter a decisão, o prefeito vai acionar o judiciário. “Os meus advogados vão ingressar com uma ação na justiça. Vamos voltar e continuar trabalhando, pois foi para isso que fui eleito. Não tem nada que desabone a nossa conduta nos meus 16 anos de vida pública. Esperamos que a justiça seja feita da melhor forma possível”, afirmou.
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