Santa Quarentena
Setor de piscicultura busca alternativas para enfrentar crise

A Quaresma e a Semana Santa são os períodos de maior demanda de pescado no Brasil. No entanto, por conta da crise provocada pela Covid-19, os piscicultores estão tendo que lidar com uma queda no consumo em precedentes, agravada ainda mais pela não realização do Peixe Santo e fechamento de feiras, sem falar nos restaurantes, marmitarias e lanchonetes que estão fechados ou operando de forma reduzida, o que resultou no cancelamento de vários pedidos que já haviam sido feitos.

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae MT), que trabalha com um projeto de desenvolvimento da cadeia da aquicultura, tem buscado orientar e repassar informações técnicas em seus canais de informação à distância e dicas de comercialização

“Estamos divulgando a plataforma https://santaquarentena.dupeixe.com/inscricao - criada pela Seafood Brasil em parceria com a plataforma de negócios Dupeixe para cadastramento das empresas poderem vender os peixes”, informa a gestora do projeto, Valéria Pires. A intenção das duas instituições é esticar a Quaresma, uma vez que a pandemia encurtou a Semana Santa.

Trata-se de um aplicativo prático e eficiente que conectar as melhores ofertas diretamente com o consumidor final, em locais seguros ou pelo delivery.

A ferramenta permite a inscrição ilimitada e gratuita de pontos de comercialização de pescado, que poderão oferecer suas condições especiais para a Santa Quarentena em todas as vertentes: supermercados, peixarias, food service, mercados públicos, feiras e até uma opção de comprar direto do produtor.

Para o consumidor foi lançada nesta quarta-feira, 08/04, o site https://santaquarentena.dupeixe.com para que os clientes possam procura pelo CEP produtores e pontos de venda de pescado mais próximos.

O setor se mobiliza para minimizar os impactos da crise. A Câmara Setorial da Aquicultura prepara um documento com pleitos para a cadeia para entregar à presidência da República. Entre as reivindicações, a principal é a retirada do PIS e Confins da ração, um dos itens que mais pesa no custo da produção de pescado.