Covid-19
Como o mercado de eventos pode superar a crise? Gerente do Centro de Eventos do Pantanal dá sugestões aos empresários do setor
A crise que a pandemia da Covid-19 provoca acertou em cheio o setor de eventos. De acordo com os últimos dados do segmento, da Associação Brasileira de Empresas de Eventos, acontecem mais de 590 mil eventos no Brasil, são 1.600 eventos por dia, ele movimenta 936 bilhões de reais por ano, corresponde a 12,93% do Produto Interno Bruto brasileiro e gera cerca de 25 milhões de empregos (diretos e indiretos).
Nesse momento de incerteza, onde ainda não se sabe até quando irá durar esse período de restrições, é preciso ter cautela, responsabilidade e trabalhar com planejamentos de curto, médio e longo prazo. Para colaborar com os pequenos negócios nesse setor, o gerente do Centro de Eventos Pantanal, Charles Padilha, dá algumas dicas. Confira abaixo:
1- Remarque os eventos
Essa é uma das principais medidas, conta Padilha: “os eventos movem outros serviços como hospedagem, turismo, transporte, alimentação e etc. Com certeza a melhor opção é remarcar a data do evento para o segundo semestre desse ano. Isso vai ajudar a economia local a retomar o caminho de crescimento. Negocie com os clientes e fornecedores novos prazos, entregas e condições de pagamento. E fique atento na hora de ajustar as datas”.
2- Planejamento
Os empresários devem usar essa pausa forçada a seu favor para novos aprendizados, rever planejamentos e finanças, reorganizar projetos e tarefas e fazer um plano de retomada, pois quando a crise passar terá menos tempo para isso. “Agora é o momento de aproveitar para se organizar, temos que voltar preparados com tudo em dia. Quando toda essa crise passar, já será a fase de execução dos eventos”, destaca Padilha.
3- Novas tendências
Antes mesmo da pandemia, eventos nos formatos webinars e lives nas redes sociais e em outras plataformas digitais já vinham se consolidando como uma inovação e tendência no mercado. O gerente fala que os eventos virtuais ampliam possibilidades de interações, permitem otimização de estrutura e de custos. Além disso, há os eventos híbridos, que devem se fortalecer pós-pandemia. “Eles são uma combinação do evento presencial com elementos digitais. Por exemplo: o evento
ocorre em um local físico com a participação de um palestrante online, abre-se um leque de oportunidades para migrar e exponencializar o impacto dos eventos híbridos, momento de repensar forma de venda de cotas de patrocínio, bem como inserir ferramentas digitais de avaliação e interação do público com o evento”, porém nada substituirá o face to face o participante quer se relacionar e praticar networking explica Padilha.
4- Canais de comunicação
Os empresários de todos os ramos devem cuidar da presença digital das suas empresas e aproveitar para fortalecer o relacionamento com os seus clientes. Padilha fala que é bom momento para produzir conteúdos relevantes sobre o negócio e o que é de interesse para o público-alvo dele. “Além de mantê-lo informado e próximo da sua marca, você poderá ganhar novos “likes” e ter um alcance maior de público, que podem virar participantes em seus eventos futuros”.
5- Papel do líder
O momento atual pede sabedoria, equilíbrio, inovação, sensatez, concentração e foco para tomar decisões, mediante cenários emergentes e voláteis. O papel dos gestores de eventos é de repensar as empresas e buscar a razão de ser e o propósito do negócio. “O líder precisa estar conectado aos movimentos da economia, às estratégias e contingentes da empresa, participar ativamente do plano de ação, analisar riscos e decidir a continuidade de eventos. Relações colaborativas com antigos e novos parceiros podem dar suporte aos clientes e trazer novas oportunidades”, ressalta o gerente do Centro de Eventos Pantanal.
Padilha reforça que nada será como antes, mas que todos sairão mais fortes e preparado dessa crise. “Agora, mais do que nunca, o gestor de eventos precisa entender que o evento não é mais só o dia da sua realização é preciso focar na jornada do cliente. Evento é experiência, seja qual for o formato escolhido, a estratégia precisa estar alinhada com o conteúdo e a experiência positiva do cliente durante o mesmo”, finaliza.
Assessoria de imprensa Sebrae MT – Luiza Menezes
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