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Politica MT
Segunda - 20 de Abril de 2020 às 14:21
Por: Da Veja

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Pujol: “Estamos na linha de frente, apoiando o governo federal, os governos estaduais e os municípios no combate a uma das maiores crises
Pujol: “Estamos na linha de frente, apoiando o governo federal, os governos estaduais e os municípios no combate a uma das maiores crises"

Com quase 40.000 brasileiros infectados pelo coronavírus e uma lista de cerca de 2.500 mortes na pandemia, o país deve concentrar todas as suas energias no combate ao verdadeiro inimigo.

No Exército, onde mais de 25.000 homens já arriscam as próprias vidas em defesa dos brasileiros nessa emergência global, os generais não estão fazendo contas para saber quantos tanques são necessários para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. O foco é o vírus.

“Estamos na linha de frente, apoiando o governo federal, os governos estaduais e os municípios no combate a uma das maiores crises vividas pelo Brasil nos últimos tempos”, diz o comandante Edson Pujol, em sua “Ordem do Dia” no Dia do Exército, fazendo questão de lembrar as atividades de sua tropa no momento:

“A construção de hospitais de campanha, a desinfecção de instalações públicas, a produção de medicamentos e de materiais de proteção individual, a distribuição de alimentos e a participação em campanhas de conscientização, vacinação e doação de sangue, além de muitas outras ações, já empregam, diariamente, mais de 25.000 militares do Exército em todas as regiões do país”.

Daí o motivo de a discussão golpista alimentada por Jair Bolsonaro ser tratada com enfado e silêncio pelos militares.

“Bolsonaro fala, mas o que faz de concreto? Tem que ver o que tem de concreto. Nada! Até porque o Braga Netto e os generais estão nesse governo para fazer gestão. Deixa o presidente falar aos malucos sozinho”, diz um interlocutor do comando do Exército, diante do espetáculo golpista de domingo na frente do Quartel General do Exército.

Na visão do militar, o que interessa é o resultado da gestão de Bolsonaro. Sem tanques nem tropa para levar adiante um suposto golpe, o presidente tenta criar uma camuflagem ao seu despreparo como governante. Aí é que moram as questões importantes.

“São malucos (os que foram aglomerar na frente do QG do Exército). Tem que ignorar. Quem diz que isso (o golpe militar) é passado continua remoendo o passado. Tem que parar de dar atenção a isso e focar no que realmente interessa”, argumenta um militar.

Na caserna há, sim, gente fazendo contas, mas não as que os “malucos” de Bolsonaro gostariam de fazer. Para um interlocutor do comando do Exército, há um roteiro desenhado, que passa pelo suposto abuso de poder presidencial.

Para os militares, Bolsonaro, em sua parceria com a Procuradoria Geral da República, pode partir com tudo para cima de Rodrigo Maia, usando investigações da Lava-Jato para abrir processos de modo a intimidar o chefe da Câmara, inimigo número um do bolsonarismo.





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