Impacto da pandemia
Empresas de Cuiabá deixaram de faturar R$ 300 milhões em abril Secretário de Fazenda Rogério Gallo apresentou balanço fiscal do Estado a Assembleia Legislativa
Empresas com sede Cuiabá deixaram de faturar cerca de R$ 300 milhões no mês de abril em um comparativo com o mesmo período do ano passado, em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Segundo dados da Secretaria de Estado de Fazenda, empresas da Capital haviam emitido - nos 22 primeiros dias de abril de 2019 - R$ 2,02 bilhões em notas fiscais. Já no mesmo período deste ano o montante caiu para R$ 1,7 bilhão.
Os números foram apresentados pelo secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, à Assembleia Legislativa e outros poderes na manhã desta quinta-feira (23).
A queda, de acordo com Gallo, é atribuída às medidas de contenção da propagação do novo coronavírus (Covid-19), como fechamento do comércio. Cuiabá está com o comércio fechado desde o dia 23 de março.
Gallo apontou que as empresas da Capital haviam emitido R$ 9,9 bilhões em notas nos três primeiros de 2019. E R$ 11,9 bilhões no período deste ano. Um crescimento de 20%, que certamente não terá sequência a partir de agora.
“Cuiabá é uma cidade voltada ao comércio e ao setor de serviços. Nós tínhamos no primeiro trimestre um incremento de R$ 2 bilhões. Estávamos em outro patamar de crescimento. Se nós não tivéssemos esse 'tsunami' chamado coronavírus, teríamos um ano muito bom para todo o setor produtivo, para a geração de emprego, geração de renda e políticas públicas”, afirmou.
Outras cidades
O gráfico apresentado pelo secretário ainda mostra o comparativo de cidades-pólo do Estado: Várzea Grande, Rondonópolis, Sorriso, Sinop, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Campo Novo do Parecis e Nova Mutum.
A queda de abril, no entanto, ocorreu apenas em Cuiabá. Segundo Gallo, devido ao advento do escoamento de safra, os municípios do interior não apresentaram queda na receita.
“Nós somos um Estado produtor e comercializamos produtos com o Brasil e com o Mundo. Quando São Paulo adota uma medida para evitar a circulação de pessoas e de mercadorias, o que acontece com nosso setor de frigorífico e agroindústria é exatamente arrefecimento e essa acomodação abaixo”, explicou.
Segundo Gallo, a trajetória fiscal do Estado antes da chegada da pandemia ao Estado era de crescimento de ate 25%.
“A gente vinha em um crescimento muito forte. Rondonópolis faturou R$ 10,7 bilhões nos três primeiros meses de 2019. E em 2020 foi para R$ 12,7 bilhões. Quer dizer: estávamos 23% acima. Em Nova Mutum o faturamento dobrou: de R$ 1,96 bilhão para R$ 4,3 bilhão”, afirmou.
Sorriso teve incremento R$ 2,4 bilhões, sendo o faturamento do primeiro trimestre de 2019 em R$ 4,9 bilhões e em 2020, R$ 7,5 bilhões.
Veja detalhes nos gráficos:
Comentários