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Variedades
Quarta - 29 de Abril de 2020 às 19:48
Por: Stephanie Romero/Da Assessoria

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Os profissionais autônomos estão entre os mais afetados com a queda de serviços e restrições que vieram junto com a pandemia de Coronavírus (COVID-19), em todo o Brasil.

Com a agenda lotada de sessões, a fotógrafa Fabi Pereira precisou desmarcar todos os ensaios. Desta forma, a rotina e previsão financeira também precisaram ser alteradas.

“Confesso que no início eu me assustei, porém com o passar dos dias, eu percebi que poderia aproveitar o tempo livre para crescer como pessoa e profissional, e foi o que eu fiz. Até que decidi me reinventar”, conta.

Inspirada no fotógrafo italiano, Alessio Albi, Fabi percebeu que havia uma oportunidade para driblar o isolamento social e continuar o seu trabalho, foi então que ela começou a fotografar pelo FaceTime.

A primeira experiência foi na própria residência com a filha, Ana Rezende de 19 anos, que atua como modelo.

“As fotos ficaram lindas, e resolvi compartilhar no meu Instagram, onde a minha audiência também amou, e com isso começaram as solicitações de ensaios neste formato”, relata Fabi.

A fotógrafa conta com o apoio dos clientes para a “montagem” do ambiente: “ Já que há uma limitação técnica, peço a eles que me mandem fotos e vídeos do local para que a iluminação seja analisada, proporcionando assim um ensaio com o máximo de qualidade possível.”

A profissional frisa que são imprescindíveis: bom sinal de Wi-Fi, luz natural e improviso. “Tendo em vista que nem todos os clientes têm um tripé em casa, peço para que apoiem o celular em livros, móveis ou objetos e deixem o aparelho estável. Depois do enquadramento e posicionamento, seguindo as minhas instruções de como posar, eu faço o print da tela”.

Fabi entrega que neste tipo de ensaio a criatividade, a descontração e a diversão são as “técnicas” principais, e que por se tratarem de prints, a qualidade não é a mesma de um ensaio feito com uma câmera profissional.

A fotógrafa conta que já registrou gestantes, profissionais liberais e até ensaios de moda.

“Já tenho quatro ensaios marcados. Inclusive, um deles é de uma amiga que mora em Orlando, nos Estados Unidos. Ela acompanha o meu trabalho há um tempo e viu, nesse modelo de ensaio, a oportunidade de ser fotografada por mim”.

A adaptação do novo estilo de ensaio deve permanecer por mais um tempo, mesmo com a liberação contingenciada para atuação do comércio e dos profissionais liberais, porque existem pessoas que fazem parte do grupo de risco, sendo assim, devem permanecer em isolamento para não correr o risco de contaminação.

Mas a fotógrafa está pronta! Não é a primeira vez que ela se reinventa, advogada criminalista de formação, descobriu há cinco anos a nova profissão, e se especializou em cliques no universo da moda e do mercado corporativo.

E a sua satisfação está em ver além de um belo retrato, a mudança de comportamento em relação a autoestima dos clientes.





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