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Domingo - 03 de Maio de 2020 às 09:15
Por: Thaiza Assunção/Mídia News

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A médica infectologista Márcia Hueb: máscara é eficiente quando associada a outras medidas
A médica infectologista Márcia Hueb: máscara é eficiente quando associada a outras medidas

A partir de terça-feira (5), o Governo começará a multar estabelecimentos que permitirem a entrada de pessoas sem máscaras. A lei, aprovada na Assembleia Legislativa, é mais uma tentativa de conter a disseminação da Covid-19 (novo coronavírus).

Em entrevista de vídeo ao MidiaNews, a médica infectologista Márcia Hueb, coordenadora da área no Hospital Júlio Muller, em Cuiabá, deu dicas que como fazer e utilizar as máscaras caseiras (veja o vídeo no final da matéria).

Conforme ela, o uso de máscaras é eficaz desde que associado às medidas de isolamento social e higienização das mãos com água e sabão.

“Nós temos dois tipos de máscaras: as profissionais, que são usadas dentro de um ambiente hospitalar e para profissionais de saúde, e as caseiras que têm a função de bloqueio. Elas são medidas adicionais ao isolamento social e a higienização das mãos. São eficazes se colocadas em conjunto com todas as outras medidas”, disse .


As máscaras caseiras devem e podem ser lavadas pela pessoa que usou assim que chegar em casa

Para infectologista, essas três medidas [isolamento social, higienização das mãos e uso de máscara] funciona, atualmente, como uma vacina contra o vírus, já que reduz o risco de transmissão.

“A vacina é um instrumento cientificamente comprovado como uma medida de bloqueio de disseminação de doença. Isso é inquestionável. Mas como nós ainda não temos uma vacina contra o coronavírus, eu posso interpretar, de forma figurada, que o isolamento social associado à higiene das mãos e o uso de máscara para as pessoas que precisam sair de casa, é a vacina que nós temos no momento contra o vírus”, disse.

Márcia ensinou que as máscaras caseiras devem ser produzidas com duas camadas de tecido, principalmente de algodão.

“Quando eu coloco essa máscara, a função é que as minhas gotículas não sejam espalhadas naquele ambiente. A gotícula que eu posso produzir pela fala, pelo espirro, pela tosse, ela vai ficar contida por aquela barreira. Então, eu uso para proteger outro e outro uso para me proteger. Se todos usarmos como uma medida adicional, ela pode ter alguma eficiência”, afirmou.

Conforme a infectologista, a pessoa deve permanecer com uma máscara por um período de até quatro horas. Depois, ela deve ser lavada pela pessoa que usou em uma solução com água e sabão.

Para as pessoas que precisam ficar fora de casa por mais de quatro horas, Márcia orienta a levar outras máscaras na bolsa e guardar as usadas em sacolas de plástico.

“As máscaras caseiras devem e podem ser lavadas pela pessoa que usou assim que chegar em casa. Elas devem ser retiradas pela lateral e colocadas de molho por 15 a 20 minuitos em uma solução simples como água e sabão. Pode acrescentar água sanitária, mas não é necessário. Depois retira, enxagua, põe para secar. Pode ser passado a ferro”, explicou.

Veja o vídeo:





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