Vítima da Covid
Enfermeiro morto recusou isolamento em MT, diz secretário
Em Mato Grosso, 74 servidores da saúde estão contaminados pelo coronavírus. No fim de semana um enfeiro morreu vítima de covid-19, após 37 dias internado. Durante transmissão, na manhã desta segunda-feira (4), o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que na tentativa de ajudar os outros, o profissional recusou ficar em isolamento, mesmo sendo do grupo de risco.
Athaide Celestino da Silva atuou por 37 anos na Saúde Estadual e trabalhava na Unidade III do complexo de saúde do Adauto Botelho. A unidade é uma das que mais tem servidores infectados no estado.
Figueiredo pontua que o enfermeiro era muito dedicado ao trabalho e se recusava a ficar em isolamento. Reforça que a pasta forneceu Equipamento de Proteção Individual (EPI) a todos os funcionários e incentiva para que todos façam o uso correto. “Quando a gente vê um profissional da saúde, que dedicou 37 anos de sua vida ao trabalho, que tinha comorbidades e se recusava a ficar em casa. Tão obstinada pelo trabalho que achou que sairia ileso dessa situação. Não vamos deixar que a morte do Athaíde seja em vão. É importante que todos reconheçam o risco da profissão e se protejam. Não queremos que nenhum servidor que tenha comorbidade coloque sua vida em risco”, destaca.
Para o secretário a preocupação ainda é grande, pois, mesmo com as mortes, existem pessoas céticas quanto à letalidade e a capacidade de contágio do vírus, que já fez mais de 7 mil vítimas no Brasil. "Acompanhei o velório do senhor Athaíde de uma forma muito desconfortável. Mais desconfortável ainda por perceber que ainda há muita gente cética. Ainda há pessoas que não acreditam que existe uma pandemia no mundo e que está ceifando vidas em todos os cantos do Brasil e do mundo”, declarou o secretário. pontuou que ainda existem pessoas céticas quando à capacidade de letalidade e contágio do vírus.
Segundo o último boletim epidemiológico, Mato Grosso tem 337 casos confirmados de covid-19 e 13 mortes pela doença. Há 953 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e ainda faltam 50 amostras para serem analisadas. No início da pandemia, a expectativa era de que o pico de contaminação acontecesse entre o fim de abril e maio. Agora a pasta cogita que o ápice ocorra em junho.
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