Bilhões e Covid
Botelho diz que Maggi deve mostrar grandeza e cobra ajuda a MT Presidente da AL diz que fortuna dos empresários do agro crescem todo ano a número astronômicos
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), criticou a falta de contribuição dos empresários do agronegócio no combate ao novo coronavírus (Covid-19) em Mato Grosso.
Botelho chamou atenção, principalmente, do ex-governador Blairo Maggi e o seu primo Eraí Maggi.
Para Botelho, esse seria o momento ideal para os dois mostrarem a grandeza que têm dentro do setor e liderar um movimento de ajuda ao Estado.
Os grandes líderes do agro mato-grossense chamam-se Blairo Maggi e Eraí Maggi. São os grandes daqui. Eles deveriam nesse momento, aí sim, mostrar grandeza, assumir uma frente de uma liderança, de uma discussão. Isso sim
“Esse momento é o momento deles virem aqui e falar: 'Olha, nós vamos ajudar, nós estamos prontos para colocar recurso, nós estamos prontos para trabalhar com o Estado'. O agro vem crescendo 30%, 20% todo ano. Todo ano a fortuna dessas pessoas cresce a números astronômicos. Será que eles não podem dar uma passo para trás e dar uma contrapartida. É isso que estou cobrando”, afirmou deputado em entrevista ao programa Opinião, da TV Pantanal.
"Eu acho que eles [Blairo e Eraí] deveriam liderar. Os grandes líderes do agro mato-grossense chamam-se Blairo Maggi e Eraí Maggi. São os grandes daqui. Eles deveriam nesse momento, aí sim, mostrar grandeza, assumir uma frente de uma liderança, de uma discussão. Isso sim. Aí agora eu queria ver, mas até agora não vi isso”, criticou Botelho.
Na entrevista, o presidente da Assembleia ainda criticou a doação feita pelo Grupo Amaggi de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) para Sapezal. Na opinião dele, a atitude atende a interesses próprios, tendo em vista que familiares dos empresários moram na cidade.
"Ahh, beleza, doamos aqui para nossa família. Ótimo, bonito isso, né. E o povo de Mato Grosso, fica onde?”, afirmou.
Botelho acrescentou que “esses homens são importantes para Estado" e os respeita, mas é preciso “botar limite neles”.
Por fim, ainda refletiu sobre os métodos de enriquecimento de parte do empresariado.
“Há um ditado que diz o seguinte: É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu. Vocês sabem por que falam isso? Porque ninguém fica rico agindo tudo certinho. Você esquece alguma coisa ele fez. Ele explorou um trabalhador, ele fez alguma coisa. Tem como reverter isso? Tem. Numa hora dessa ele vem e ajuda o povo e faz a sua contribuição”, pontuou o deputado.
Veja os vídeos da entrevista:
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