O primeiro feto de elefante-africano gerado no mundo por inseminação artificial com sêmen congelado fica no Zoológico de Schoenbrunn, em Viena, na Áustria. O esperma foi retirado de um macho selvagem da África do Sul e introduzido na fêmea Tonga, em novembro do ano passado.
Desde 1998, têm sido feitas inseminações artificiais em elefantas e, em 15 anos, elas já deram à luz 40 filhotes em vários países.
Mas, até agora, esse sêmen era fresco ou apenas refrigerado – não congelado. Isso permite que o material seja armazenado e usado no momento ideal.
Uma imagem de ultrassom do animalzinho foi apresentada nesta terça-feira (14) pela diretora do local, Dagmar Schratter. A ultrassonografia revela um elefante de 10,6 cm no 141° dia de gravidez de Tonga. Na foto, dá para ver claramente características como a cabeça, a tromba e as pernas do feto.
O exame é de 18 de abril, ou seja, hoje o elefantinho já está há nove meses na barriga da mãe – e pode ficar mais 13 até nascer.
Em 2003, Tonga pariu o filhote Mongu, que foi concebido naturalmente. Desta vez, ela foi inseminada quatro vezes: duas vezes em dois dias seguidos.
Os elefantes-africanos estão ameaçados pela caça, pelo comércio ilegal de marfim, pela agricultura e pela urbanização. Há 15 anos, havia apenas 40 mil indivíduos no mundo. E há cerca de um macho para cada cinco fêmeas.
Exame mostra a cabeça, a tromba e as patas do feto de elefante-africano (Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters)
Em 2009, foram coletadas amostras de sêmen de dez machos na África do Sul
e distribuídas a zoológicos europeus. Isso pode garantir a variabilidade genética da espécie e a conservação dela em zoológicos.
A população desses mamíferos na Europa está em declínio pelo envelhecimento e a consequente redução da fertilidade dos animais. Em cativeiro, estima-se que haja atualmente 2 mil elefantes-africanos e asiáticos.
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