A Policia Civil apresentou, na manhã desta quarta-feira (15), os dois suspeitos de envolvimento no assalto ao restaurante Brasa Gourmet, na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que foram presos na tarde de terça-feira (14), durante o velório de de Ivone Fernandes Mendonça, integrante da quadrilha e morta durante o tiroteio.
Os suspeitos, identificados como Gilberto Nascimento da Silva, de 36 anos, e Eduardo Lima Franco, de 28, foram presos no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul. O assalto ao restaurante ocorreu na segunda-feira (13).
De acordo com o delegado Orlando Zaccone, da 18ª DP (Praça da Bandeira), Gilberto seria namorado de Ivone e também teria participado do assalto a uma agência do Jockey Club. O crime ocorreu no dia 3 de julho do ano passado. Foram roubados do estabelecimento R$ 30 mil.
Já o outro suspeito, Eduardo, confessou a participação no assalto ao restaurante. Segundo Zaccone, ele contou que levou dois dos criminosos em um Fiat Stilo e ficou esperando a quadrilha do lado de fora do estabelecimento. Na ação, três suspeitos foram mortos.
Contra os dois foram cumpridos mandados de prisão temporária de 30 dias, expedidos pelo plantão judiciário da Capital.
Assalto na Tijuca
Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil divulgou a foto da mulher que foi morta na segunda-feira (13) durante o assalto ao restaurante na Tijuca.
Segundo a polícia, Ivone Fernandes Mendonça, de 35 anos, já tinha sido condenada a 13 anos de prisão por roubo com resistência. Além dela, outros dois criminosos morreram durante confronto com a polícia. Ela estava no regime aberto e estava foragida desde 2010.
A foto de outro envolvido no assalto também foi divulgada. Antônio Barbosa Rodrigues, que morreu durante o confronto com a polícia e caiu na calçada ao lado do restaurante Brasa Gourmet é natural do Ceará, onde tem mandado de prisão expedido contra ele por latrocínio consumado.
O terceiro suspeito de ter participado do assalto, Magno Barbosa Casemiro, de 36 anos, conhecido como Professor, estava no regime semiaberto e estava foragido desde 2008. Magno já tinha cumprido pena por roubo.
Participação de ex-funcionário
O delegado da 18ª DP (Praça da Bandeira), Orlando Zaccone, informou que a polícia trabalha com a possibilidade da participação de um funcionário ou ex-funcionário no crime. Segundo Zaccone, testemunhas disseram que os criminosos se comunicavam com rádio e que uma pessoa orientava onde o dinheiro estaria escondido. Os policiais já estão fazendo o rastreamento das ligações dos aparelhos apreendidos.Além dos três mortos no confronto, outras duas pessoas da quadrilha teriam estado no restaurante e, segundo o delegado, há possibilidade de mais três criminosos terem colaborado com o crime de fora do estabelecimento, totalizando oito envolvidos no episódio.
Magno Barbosa Casemiro de 36 anos, conhecido como Professor, que seria o líder do grupo, era evadido do sistema penitenciário, segundo a polícia, e morador da Rocinha. Durante o confronto, ele foi baleado e chegou a ser levado para Hospital do Andaraí, na Zona Norte, mas já chegou morto à unidade.
De acordo com a Polícia Militar, funcionários que estavam no local relataram que foram levados pelo menos R$ 10 mil, além de pertences das vítimas. Nenhum cliente nem funcionário ficou ferido
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