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Cidades/Geral
Terça - 09 de Junho de 2020 às 18:27
Por: Jessica Bachega/Gazeta Digital

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Governo de SP

Por conta de divergência contratual entre o Ministério da Saúde e a empresa empresa Abbott, a capacidade de análise do Laboratório Central do Estado (Lacem-MT) foi reduzida para menos de um terço nos últimos dias. O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirma que no auge de funcionamento dos equipamentos, era possível analisar 1,5 mil amostras em 24 horas, agora é viável apenas 400.



O problema ocorre porque a empresa Abbot teve o contrato encerrado com o Ministério da Saúde e o convênio não foi renovado. Ela é responsável pelo fornecimento de equipamentos e insumos para os Lacem de todos os estados e interrompeu o serviço com o fim da relação contratual.


“Os equipamento que existem dentro desses laboratórios são contrato, comodato com empresas detentoras desses equipamentos e provedoras dos insumos para os equipamentos funcionarem. Esses equipamentos faziam outros testes antes da pandemia e foram configurados para exames de covid-19. Sem o contrato, a empresa desabilitou os equipamentos, com senha, de forma remota”, contou o secretário.


Ele explica que o Estado tenta negociar com a empresa, mas para ela não é interessante fechar apenas com as secretaria, já que pode fazer com o Ministério e atender todos os estados.


“Espero que nas próximas horas o Ministério tome uma decisão mais prudente sobre esse assunto. Estamos deliberando para comprar esses equipamentos e ampliar a capacidade do Lacem. No início dessa pandemia, a capacidade do Lacem para exames PCR para identificar covid era de 40 a cada 24 horas. Chegamos a capacidade de 1500 testes, quando reformulamos a plataforma, compramos mais máquinas e contratamos mais pessoal . Com esse litigio entre o Ministério e a empresa Abootti voltamos à capacidade de 400 testes a cada 24 horas”, declarou.


O desentendimento para um novo contrato tem gerado demora na entrega dos resultados, pois o prazo para resolução se tornou mais longo devido a baixa capacidade, num momento em que a demanda pelo exame aumenta exponencialmente. Há exames que demoram até 72 horas para apontar o resultado.


A dificuldade para oferecer resultado é também na rede privada, nos laboratórios credenciados que enfrenta a falta de material para realizar os exames PCR.


Até a tarde de segunda-feira (8), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) notificou 4.243 casos confirmados da covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 126 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado. Em 24 horas, surgiram 214 novas confirmações da doença. Na manhã desta terça-feira foram registradas mais duas mortes, totalizando 128.





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