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Educação/Vestibular
Sexta - 03 de Julho de 2020 às 13:43
Por: Renata Cafardo e Jussara Soares/Terra

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Alas ligadas a Olavo de Carvalho e aos militares no governo pressionam o presidente Jair Bolsonaro a reverter o convite feito ao atual secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para o Ministério da Educação (MEC). Antes mesmo de ser anunciado oficialmente, Feder já virou alvo do grupo ideológicos e da base bolsonarista nas redes sociais.

Olavistas têm um histórico de sucesso em fritura iniciadas nas redes sociais que terminaram em demissão, como a ex-secretária de Educação, Regina Duarte, e os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). Eles chamam a atenção para a ligação dele com o governador João Doria (PSDB) e dizem que a escolha foi feita para agradar empresários e apaziguar a guerra ideológica.

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder.

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder.

Foto: Divulgação/Secretaria da Educação do Paraná / Estadão Conteúdo

Já os militares foram surpreendidos com o convite do presidente e querem um nome ligado a eles, que acreditam ter mais força política. Passaram a divulgar também incoerências em seu currículo. Feder é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Seu currículo na plataforma Lattes indica que ele tem um "mestrado em andamento" em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Mas o site da secretaria da educação do Paraná informa que ele é "mestre em Economia".

Conta também pontos contra Feder a suspeita de sonegação fiscal da Multilaser, empresa da qual Feder é sócio. E principalmente da possível ligação com o Centrão, Feder teve o apoio do governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), partido do ex-ministro e prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, também é do PSD. Ao anunciá-o para o cargo em junho, Bolsonaro disse que se tratava-se de uma escolha pessoal.

Para os militares, Feder é um empresário que quer fazer carreira na política, mas não tem experiência. O secretário do Paraná tem apoio da Fundação Lemann, por exemplo, algo que também incomoda militares. O nome também não agradou aos evangélicos, cujos líderes no Congresso também têm pressionado o presidente.





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