“Cidadão estará irritado, estressado e sem crença na política” Mendes citou crises sanitária, política e econômica: "Não ouso dizer quais serão os reflexos"
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que a disputa eleitoral deste ano guarda um cenário de incertezas, em razão de três aspectos vividos atualmente: as crises econômica, política e sanitária.
“O que está por vir é muito imprevisível, até porque não sabemos claramente até quando vai essa crise na saúde. Temos claramente no horizonte uma crise econômica que o Brasil já vive e vai se aprofundar. E temos também uma crise política constante em Brasília com todas aquelas confusões envolvendo nosso presidente. O cenário é bastante hostil”, disse.
Na avaliação do governador, esse conjunto de fatores levará à população a um patamar elevado de irritação e, consequentemente, de maior descrença em relação a classe política.
A população estará irritada, mal humorada, estressada por uma doença, estressada por uma série de mortes, por uma crise econômica e desgastada por esse cenário político cheio de confusões
“A população estará irritada, mal humorada, estressada por uma doença, estressada por uma série de mortes, por uma crise econômica e desgastada por esse cenário político cheio de confusões”, afirmou.
“Isso irrita o cidadão e ele se afasta cada vez mais da política. Ele vai perdendo a crença e a convicção de que a política é capaz de resolver os problemas de nosso país”, emendou Mendes.
As declarações foram dadas em entrevista ao Canal Rural, na noite do último domingo (6).
Na ocasião, Mendes disse que sequer consegue ter uma dimensão dos reflexos desse cenário nas eleições municipais que, desta vez, ocorrerão no mês de novembro.
“Os próprios investidores começam a retrair a crença no país, já que os números da economia não são bons, a crise na saúde ninguém sabe onde vai e há uma crise política sem fim. Uma tempestade ‘meio perfeita’ está se armando. Isso vai ter reflexos nas eleições com certeza”, afirmou.
“Todo esse humor da população vai ser afetado por essas três esferas que não são nada positivas. Não ousaria nem dizer quais serão os reflexos”, acrescentou.
Eleição adiada
Na última semana, a Câmara Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adiou as eleições municipais.
O pleito, inicialmente previsto para 4 outubro, será realizado no dia 15 novembro. O segundo turno das eleições, caso houver, ficará para o dia 29 de novembro.
O adiamento da eleição foi aprovado em uma tentativa de adaptar a disputa à pandemia do novo coronavírus.
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