Chamados de "mamadores", servidores processam deputado em MT Discussão teria ocorrido durante reunião para debater a Reforma da Previdência
O Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig) entrou com um pedido de indenização por danos morais contra o deputado estadual Wilson Santos (PSDB). A ação começou a tramitar no último dia 10 de julho e está sob responsabilidade da desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A publicação do TJMT informando a distribuição da ação não revela detalhes do pedido de indenização de danos morais. No dia 18 de junho de 2020, durante uma reunião dos servidores públicos sobre a Previdência no Estado, Wilson Santos teria dito que a falta de UTIs em Mato Grosso teria relação com a aposentadoria dos trabalhadores, chamando-os de “mamadores do Estado”.
Na ocasião, o próprio Sinpaig informou que irá exigir junto à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) uma cópia das imagens para comprovar o suposto comentário do parlamentar. Segundo as informações, Wilson citou os privilégios recebidos pelos servidores como uma das causas da falta de UTIs em Mato Grosso para enfrentamento ao novo coronavírus.
"Não existem outras maneiras de definir a fala do Deputado Wilson Santos do que asquerosa, repugnante e odiosa", classificou o sindicato.
Na sequência, anunciou o processo contra o tucano. "Nosso sindicato ingressará com Ação de Indenização por Danos Morais coletivos, em nome de nossa categoria e, já colocou a disposição a Assessoria Jurídica da entidade para ingressar com ações de indenização individuais, para aqueles servidores que se sentiram ofendidos pessoalmente com essas falas desrespeitosas e, que nos põe em perigo, inclusive", diz trecho de nota emitida pelo Sinpaig no dia seguinte à ofensa do deputado.
Wilson Santos negou ter ofendido os servidores públicos. No entanto, defendeu a aprovação da Reforma da Previdência do funcionalismo em Mato Grosso.
"A minha posição enquanto parlamentar na reunião é da necessidade de aprovação da reforma da previdência, pois Mato Grosso não suporta mais lidar com tantos déficits, inclusive de R$ 1,3 bilhão no setor previdênciário".
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