Mais de um terço dos adultos nos Estados Unidos eram obesos entre 2009 e 2010, com os hispânicos entre os grupos com maior prevalência, de acordo com um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) divulgado nesta segunda-feira.
O documento apontou, além disso, que quase 17% dos adolescentes americanos estavam obesos no mesmo período e que a prevalência foi similar entre homens e mulheres.
Os pesquisadores descobriram que mais de 5 milhões de meninas e 7 milhões de meninos entre os 2 e 19 anos estavam obesos neste período e que a prevalência de obesidade foi maior entre os adolescentes do que entre as crianças em idade pré-escolar.
Outro estudo publicado hoje na edição de internet de "Pediatrics" concluiu que as crianças que moram em estados com leis mais estritas sobre o tipo de alimentos servidos nas escolas tiveram menos aumento de peso em comparação àqueles que não têm esse tipo de legislação.
Os últimos números dos CDC mostram que não foram atingidas as metas estabelecidas pelas autoridades na campanha "Healthy People 2010", que estabelecia um teto de 15% de obesidade para os adultos e 5% entre as crianças.
Apesar de não ter havido uma mudança significativa na prevalência das taxas de obesidade nos EUA em anos recentes, as autoridades afirmaram que na última década houve um aumento significativo na incidência dos níveis de obesidade entre os homens e os meninos, o que não se viu no caso das mulheres e as meninas, de acordo com o CDC.
Os méxico-americanos, com uma prevalência de obesidade de 40,4%, e os hispânicos em geral, com 39,1%, estão entre os grupos com maior incidência, após os afro-americanos, com 49,5%.
Ao analisar a informação por estados, os pesquisadores descobriram que o sul dos Estados Unidos tinha maior incidência de obesidade, com o Mississipi à frente, onde a taxa foi de 34,9% em 2011. Entre os estados com incidência mais alta estão Alabama, Arkansas, Indiana, Kentucky, Louisiana, Michigan, Mississipi, Missouri, Oklahoma, Carolina do Sul, Texas e Virgínia Ocidental.
O estudo destaca a necessidade de continuar observando a prevalência de obesidade entre os adultos e menores no país e o efeito que esta tem como fator de risco para doenças como a pressão arterial alta, diabetes e doenças cardíacas, entre outras. De acordo com o relatório, a despesa médica relacionada à obesidade subiu cerca de 147 bilhões de dólares em 2008.
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