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Secretário compara Covid à nuvem de gafanhotos: destruição vai até novembro
m live nesta manhã sobre escalada da pandemia em Mato Grosso, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, comparou a Covid-19 à nuvem de gafanhotos, que chega destruindo tudo. Sobre o número impressionante de mortes diárias que tem sido registrado disse que médicos tentam, exaustivamente, salvar vidas, mas os óbitos não param de acontecer, como indicam estatísticas da doença extremamente contagiosa. Este cenário não dá sinal de queda. "Vamos conviver com isso até outubro, novembro", estima.
Segundo o secretário, embora o governo tenha feito um esforço no sentido de ampliar a rede hospitalar, que está colapsada, o leito intensivo não necessariamente é o suficiente para proteger o paciente, já que não existe um tratamento específico preconizado e é preciso usar uma estratégia farmacológica caso a caso. "Tem sido uma luta para classe médica".
Dos que dão entrada em UTI, 40% saem de lá em óbito, um indicador muito alto e preocupante. Tem sido difícil barrar os impactos do vírus principalmente no sistema renal, pulmões e coração dos internados.
A única maneira de ajustar, para menos, o número de mortes, seria, na opinião do secretário, pelo controle do isolamento social. "Mas isso não estamos conseguindo e essa é a opção que a população está fazendo" de assumir os riscos. O índice de isolamento local não tem passado de 35%, subindo para 50% nos finais de semana.
Ele criticou o evidente desrespeito às regras da Covid-19, por parte dos moradores, e disse que as festas "estão bombando" nas periferias da Capital.
Disse ainda que, mesmo depois que um pico mais forte da doença acontecer - a que ele chama de platô - a queda descrecente dos casos será lenta.
Nacionalmente, Mato Grosso tem sido apontado como epicentro da doença no Brasil atualmente.
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