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Cidades/Geral
Segunda - 20 de Julho de 2020 às 17:55
Por: Wesley Santiago/Olhar Direto

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O problema com o processamento de testes do novo coronavírus em Mato Grosso ainda continua. O Estado chegou, no último domingo (19), data da última atualização por parte da Secretaria de Estado de Saúde (SES), a 2,3 mil amostras aguardando análise no Laboratório Central do Estado (Lacen). Levantamento recente apontou que a unidade da federação é a que menos faz exames de detecção da Covid-19.

Documento divulgado pela Secretaria de Saúde mostra que ainda restam cerca 2.300 amostras em análise laboratorial. Isso significa que o número de 34.604 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso e 1.348 mortes deve ser ainda maior.

Isso porque, em Mato Grosso, 96% dos exames que chegam para o Laboratório Central do Estado dão resultado positivo para o novo coronavírus. Segundo esta média, o Estado teria na verdade mais de 36 mil casos.

Dados do Ministério da Saúde apontam que Mato Grosso é o Estado que, proporcionalmente, menos testou para coronavírus, tendo a pior taxa de exames por mil habitantes do país. A cada mil mato-grossenses, 3,15 foram testados para o vírus até 19 de junho. Considerando apenas números de RT-PCR, Mato Grosso não chegava a um por mil habitantes (0,8).

Testes rápidos foram adquiridos pelo governo do Estado na tentativa de melhorar a testagem em massa. Porém, estas exames servem apenas para fins de triagem. As confirmações seguem feitas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), que teve sua capacidade de exames reduzida, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidir não renovar o contrato com as empresas responsáveis por fornecer materiais.

O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que não é possível aumentar a capacidade de realização de testes e sugeriu que o tratamento já comece após diagnóstico feito pelos médicos com análise clínica e exames laboratoriais, como a tomografia de pulmão.

Para Gilberto, não há laboratórios disponíveis para dar vasão aos exames. “O Lacen já atualizou a diferença de prazo para fazer os testes, que agora é de 24h, e está fazendo por dia de 700 a 800 testes”, disse. “Mas infelizmente parece-me que pra fazer o atendimento, pra detectar o paciente só se faz com teste... e os especialistas que nos assessoram nos disseram que a principal analise é a analise clinica, o médico não precisa de um teste na mão”.





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