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Policia MT
Quarta - 22 de Julho de 2020 às 17:30
Por: Bárbara Sá e Ivana Maranhão/RD News

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A Polícia Civil agora passa a investigar as circunstância dessa brincadeira, mas eles acreditam que a adolescente não sabia que a arma estava carregada
A Polícia Civil agora passa a investigar as circunstância dessa brincadeira, mas eles acreditam que a adolescente não sabia que a arma estava carregada

Investigações sobre o crime e um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) indicam que o disparo que matou Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi dado a curta distância com a bala percorrendo uma linha reta. O tiro que atingiu a jovem partiu de uma arma segurada por sua amiga, que também tem 14 anos. O crime aconteceu no dia 12 de julho no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá.

O apurou na tarde desta quarta (22), que segundo as investigações, a adolescente estaria brincando com a arma no mesmo local que a vítima, quando aconteceu o crime e o tiro foi disparado.

Essa versão contradiz o depoimento da adolescente à polícia no qual ela afirmou que o disparo acidental ocorreu após a arma cair da sua mão no momento em que foi guardá-la. Segundo ela, a maleta onde estava arma escapou de suas mãos e disparou, atingindo Isabele no banheiro de um dos quartos, na parte superior da casa.

A Polícia Civil agora investiga as circunstância dessa brincadeira. Porém, até o momento, conforme a polícia, nada que indique houve intenção de matar por parte da adolescente que disparou contra a amiga. O crime está sendo tratado como homicídio culposo pela investigação.


Ainda conforme apuraração, o laudo enviado pelo IML para autoridades da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Deddica (Delegacia Especializada nos Direitos da Criança e do Adolescente) são da tajetória da pólvora, ou seja, o caminho percorrido pela bala. O laudo definitivo sobre o caso deve ser concluído somente na próxima semana.

A reportagem entrou em contato com a defesa do empresário Marcelo Cestari, que informou que não irá se pronunciar. "Não vamos nos pronunciar sobre algo que desconhecemos", disse um dos advogados.

Ligações ao Samu

A Polícia Civil solicitou imagens de todos os vizinhos próximos à rua dos Tinguins, no Alphaville, registradas em 12 de julho, dia que em a adolescente Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, foi morta. Segundo a reportagem apurou, é investigado se uma outra pessoa esteve no local, antes da chegada da polícia.

Na manhã de hoje (22) policiais das DEA e da Deddica ouviram também adolescentes, que são moradores do condomínio Alphaville e teriam conhecimento dos fatos sobre a morte.

Foram solicitados também o controle de entrada e saída das pessoas antes e depois dos fatos, além das gravações de ligação ao Samu. Objetivo é esclarecer o que de fato aconteceu no dia do crime e quem entrou e saiu da casa do empresário Marcelo Cestari, pai da menor que teria matado a amiga acidentalmente.

Glauco e o filho prestaram depoimento nessa segunda (20). Ele relatou o que ocorreu naquele domingo. Ambos disponibilizaram, espontaneamente, imagens das câmeras de segurança da residência, prédio, além das senhas de celulares da família, bem como esclareceram todas as indagações formuladas pelas autoridades.

O pai e o adolescente, em depoimento, relataram como foi o transporte da arma até a casa do empresário, uma vez que namorado não estava na casa o Marcelo no momento crime.

O caso

O fato teria ocorrido no segundo andar em uma suíte, longe da entrada da casa. Segundo o boletim de ocorrência, o corpo da vítima estava no banheiro já sem vida. O tiro atingiu a adolescente na narina e saiu pela nuca.

Quando o Samu chegou à casa para verificar a situação de disparo acidental de arma de fogo, somente pode constatar a morte de Isabele. Consta no BO que, após a confirmação do crime, a parte superior da casa foi preservada e ninguém mais teve acesso ao local. (Colaborou Douglas Santos)





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