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Segunda - 13 de Agosto de 2012 às 19:14
Por: Catarine Piccioni/De Brasília

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Secom- MT
Pagot em visita a uma obra durante a gestão no Dnit
Pagot em visita a uma obra durante a gestão no Dnit

O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes, Luiz Antonio Pagot, é alvo de quatro dos 269 requerimentos protocolados na secretaria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Há pedidos para quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico e para a realização de acareações entre Pagot e o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e entre Pagot e Fernando Cavendish, presidente licenciado da Delta Construções.

A comissão já aprovou a convocação de Pagot,  mas para a tomada de depoimento, cuja data deverá ser definida amanhã (14). No entanto, os quatro requerimentos ainda constam da pauta e devem ser apreciados pela CPMI. 

O deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) pede – no requerimento 632/ 12 -- a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Pagot referente aos últimos dez anos. O tucano argumenta que Pagot declarou ter atuado como operador financeiro visando obter recursos -- junto a empreteiras -- para campanha eleitoral.

Mendes Thame justifica ainda que Pagot atribuiu a Cachoeira o fato de ter deixado o cargo no Dnit diante de “plantação de matérias” na revista Veja sobre suposto recebimento de propina paga por empreiteiras . Ao Olhar Direto, Pagot afirmou que não se opõe a eventual quebra de sigilos. “Não há preocupação. Tudo foi declarado à Receita Federal”, disse, por telefone.

O requerimento 022/ 2012 para acareação entre Pagot e Cachoeira, apresentado pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Mendonça Prado (DEM-SE), se baseia em pagamentos efetuados pelo Dnit à Delta Construções – R$ 2,175 bilhões entre 2009 e 2011. A empresa é ligada a Cachoeira.

O tucano Mendes Thame pede ainda, no requerimento 634/ 12, a mesma acareação, citando também a suposta influência de Cachoeira na demissão de Pagot, que saiu do Dnit em julho do ano passado. Já no requerimento 633/ 12, o parlamentar pede a acareação entre Pagot e Cavendish, citando a atuação do primeiro para obtenção de recursos junto a empreteiras.

Em relação às acareações, Pagot afirmou que também não deve resistir aos pedidos, se aprovados. “Se eu for, vai ser na condição de testemunha. Não sou investigado”, disse Pagot. O deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), no requerimento 625/ 12, solicita à revista Isto É cópia integral da entrevista concedida por Pagot e publicada em 1° de junho.

Pagot chegou ao departamento em 2007 por indicação do então governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR). No governo de Maggi, comandou as pastas de Infraestrutura, Casa Civil e Educação. Os requerimentos constam da pauta de deliberações da CPMI, que trata das relações entre Carlinhos Cachoeira e agentes públicos e privados. Uma reunião da comissão está marcada para esta terça-feira, no Congresso.






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