Eleição em Cuiabá
Botelho sinaliza recuo e Garcia é principal opção do DEM
O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM) ensaia a sua desistência da disputa para a Prefeitura de Cuiabá, a ser apresentada durante a próxima reunião da cúpula do partido para tratar do assunto. Com isso, a opção única para o Alencastro é a do ex-deputado federal Fábio Garcia (DEM).
Conforme o jornal A Gazeta apurou, o recuo de Botelho se deve à pressão familiar, já que sua esposa e irmão são contrários ao seu projeto. A família teme que a candidatura possa prejudicar as empresas da família.
“A empresa tem 5 contratos com o município. E caso ele [Botelho] se torne prefeito, poderá prejudicar a vida empresarial”, disse uma fonte que pediu para não ser identificada.
A família já vem pressionando Botelho para deixar a vida pública. Tanto que a possibilidade de ir para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), caso abra vaga, seria uma forma do deputado atender a esposa.
Outros fatores que também contribuem para retirada do parlamentar da disputa é a preferência do governador Mauro Mendes (DEM) por Garcia. Mendes já tinha firmado um compromisso em 2018 de apoiar Fábio Garcia para prefeito, por conta de sua desistência de tentar a reeleição para deputado federal.
Outro fator que pesa é o apoio da cúpula nacional ao nome de Garcia. O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, já declararam que a candidatura de Fábio Garcia é uma das prioridades do partido neste ano.
Porém, Fábio Garcia apresenta algumas exigências para concorrer ao Palácio Alencastro. Uma delas é a garantia da unidade do partido em torno do seu nome. Nos bastidores, Garcia teme que alguns membros do partido não se dediquem a campanha, ou então apoiem outros candidatos por ‘baixo dos panos’. A desconfiança vem por conta dos irmãos Júlio e Jayme Campos (DEM), que não escondem ter uma boa relação com Emanuel Pinheiro (MDB).
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