Combustíveis
Demanda por diesel manteve consumo aquecido em MT O insumo, além de ser o mais comercializado no Estado, foi o único a encerrar o período em alta
A demanda por combustíveis, em Mato Grosso, cresceu 3,08% neste primeiro semestre quando comparada ao mesmo intervalo do ano passado.
Com isso, o volume consumido passou de 2,27 bilhões de litros para atuais 2,34 bilhões.
Além de expandir a comercialização, o Estado registrou o melhor semestre da sua série histórica e ainda cravou a maior média mensal de consumo, em 390,53 milhões de litros.
Mesmo sob efeito de medidas de restrição, em razão do coronavírus – até junho no Estado – houve incremento no consumo estadual, mas ele foi sustentado pelo óleo diesel, matriz que atingiu níveis históricos de demanda no período.
Conforme dados atualizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de todo o volume consumido no Estado entre janeiro e junho, 66% dele foi óleo diesel, combustível essencial para a cadeia do agronegócio.
Das três matrizes mais utilizadas no Estado – etanol hidratado, gasolina ‘C’ e óleo diesel – o óleo diesel foi o único a encerrar o primeiro semestre com expansão, apontando crescimento de 8,7% sobre o contabilizado em igual intervalo do ano passado.
De janeiro a junho desse ano, os mato-grossenses consumiram 1,54 bilhão de litros ante 1,42 bilhão do mesmo acumulado de 2019.
O combustível ainda atingiu em junho o maior volume de comercialização no mês, de toda a série local, iniciada pela ANP, em 2.000, foram 294,94 milhões de litros.
A demanda aquecida reflete a movimentação no campo. Junho é marcado por duas grandes colheitas, a de milho e de algodão, culturas em que o Estado lidera a oferta nacional.
Para o etanol hidratado, junho foi o terceiro mês do ano de demanda em queda, consequência direta dos efeitos das medidas de restrição que reduziram a mobilidade das pessoas e acesso ao comércio em geral.
No semestre foram 427,88 milhões de litros consumidos ante 464,80 milhões no primeiro semestre de 2019, recuou anual de 7,97%.
A retração se deu mesmo após junho ser marcado como um mês de recuperação, já que o volume demandado somou 66,35 milhões de litros, um dos mais expressivos nesse ano.
Com mais um mês de saldo negativo, o biocombustível registrou todo um segundo trimestre de perdas em Mato Grosso, Estado onde o litro do produto costuma ser um dos mais acessíveis do País e sempre o mais vantajoso na hora de abastecer.
A gasolina, que também reflete o período de pandemia, apresentou queda no semestre, 0,8%. Na comparação anual, foram 234,20 milhões de litros de janeiro a junho desse ano ante 236,26 milhões em igual acumulado do ano passado.
No País, o saldo do semestre foi negativo, com perda anual de 8,7%. Conforme a ANP, o consumo passou de 67,47 bilhões de litros para atuais 61,62 bilhões de litros.
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