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Saúde
Terça - 11 de Agosto de 2020 às 20:02
Por: Fabio Monteiro/Da Assessoria

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Uma doença que acomete principalmente braços e pernas, e se caracteriza pela dor persistente pode levar pessoas a minimizarem os sintomas e a não procurarem o médico. De acordo com dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), o tumor ósseo representa 1% das patologias oncológicas no Brasil e 10% dos pacientes com câncer acabam apresentando metástase óssea. Esse tipo de tumor é mais frequente em crianças, com uma ocorrência de 15% a 20% dos cânceres em crianças.

“O osteossarcoma é o câncer ósseo primário mais comum, correspondendo a 20% de todos esses tumores. A literatura médica estima uma média de oito casos da enfermidade por milhão de habitantes todos os anos, o que se traduz em 27 casos anuais em Mato Grosso. Devido a essa condição, há poucos profissionais com o treinamento necessário para fazer o diagnóstico precoce, que é fundamental para o sucesso no tratamento desses pacientes, tanto para a preservação do membro acometido, quanto para a cura. Infelizmente no nosso estado, o paciente chega em um estágio muito avançado da doença, em geral, com mais de três meses de evolução”, explica o médico ortopedista e oncologista ortopédico pela Escola de Cancerologia do A. C. Camargo Cancer Center, Murilo Yokoo.

Segundo o especialista da Clínica Oncolog, o diagnóstico é feito por meio da avaliação dos sintomas, dos exames de imagem e pelo exame anatomopatológico, que consiste na avaliação macro e microscópica de células e tecidos de biópsia realizada pelo médico especialista ou em centro oncológico. Para alguns tumores benignos, o exame de Raio-X é suficiente para o diagnóstico. Já nos tumores ósseos mais agressivos, é necessária a investigação completa do paciente, estadiamento local (radiografia ou tomografia e ressonância do membro acometido) e estadiamento sistêmico (tomografias de tórax e abdome, cintilografia óssea e exames de sangue). A biópsia é o último passo a ser realizado na investigação.

Alguns tipos de câncer causam mais dores do que outros. Sendo que os tumores osteomusculares e os que produzem metástases ósseas são capazes de provocar dores crônicas com muita frequência. O especialista ressalta que a dor noturna é um dos principais sintomas desse tumor, mas pode ser confundida com uma dor muscular.

“A diferença é que a dor muscular, ou dor mecânica, geralmente é movimento dependente e melhora com o passar dos dias. A dor oncológica tende a ser pior no final do dia, com piora progressiva e limitação da função do membro. É preciso ficar atento, muitas vezes os pacientes tentam relacionar a dor a uma batida ou a um trauma leve e demoram para procurar auxílio médico especializado. Outros sintomas podem surgir, como o aumento de volume, surgimento de massa e vermelhidão no local e redução do arco de movimento do membro”, explica Murilo Yokoo.

O tratamento depende muito do diagnóstico precoce. “Até a década de 1970 as amputações eram as cirurgias mais realizadas para os tumores ósseos e cerca de 90% dos pacientes morriam no primeiro ou segundo ano após o diagnóstico. Atualmente, com o uso da quimioterapia associada a cirurgia a sobrevida ultrapassa os 70% dos casos. E é possível preservar o membro acometido na grande maioria dos pacientes. A preservação do membro com a reconstrução após a ressecção oncológica, proporciona mais qualidade de vida aos nossos pacientes", conclui Murilo Yokoo.

A clínica Oncolog está há 20 anos prestando assistência a pacientes onco-hematológicos, com atendimento humanizado e com uma cultura de pesquisa clínica e inovação. O diferencial da Oncolog é a qualidade técnica e o conhecimento de ponta de toda a equipe que, aliás, não para de crescer, incorporando novos profissionais especializados em tumores raros e específicos, possibilitando, assim, que Mato Grosso se torne referência no tratamento oncológico na região central do país.





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