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Polícia Brasil
Segunda - 31 de Agosto de 2020 às 17:33
Por: G1-MT

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Uma estudante de 13 anos denunciou aos pais que foi vítima de um estupro em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Segundo o relato do pai da adolescente ao G1 nesta segunda-feira (31), a vítima alegou que os abusos sexuais ocorreram por parte de um amigo dele, em dias que a menina foi visitar uma colega, familiar do homem. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Conforme registrado no boletim de ocorrência obtido pela equipe do G1, a mãe compareceu à delegacia na última sexta-feira (28) e relatou que a filha contou que, entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, sofreu diversos abusos sexuais por parte do suspeito.

A primeira vez em que relata ter sido vítima do crime, a garota tinha 11 anos, em janeiro de 2018, quando foi passar a noite na casa da amiga e o empresário, que é familiar da colega da adolescente, também dormiu no local com a família.

Segundo relatado à polícia, na data, a menina afirma que ele teria deitado em um colchão no chão, ao lado do sofá em que ela estava deitada assistindo desenho, quando introduziu o dedo no órgão genital da vítima. Apesar de sentir dor, ela contou que não conseguiu reagir. Após o ocorrido, a adolescente relatou aos pais que, até fevereiro deste ano, houve outras vezes que o homem acariciou ela, enquanto a abraçava.

A adolescente afirmou aos pais que não conseguiu contar sobre o estupro na época porque sentiu medo e vergonha. Conforme relatou, logo depois do crime chegou a conversar com a amiga, que a contou que o suspeito também passou a mão nela.

"Minha filha contou que ele dormiu com a família no colchão no chão da sala e ela estava no sofá assistindo desenho. Em um determinado momento, ele colocou a mão dentro do shorts dela e introduziu o dedo dentro dela. No dia do acontecido, minha filha tinha 11 anos e não teve reação nenhuma. Mas depois ela conseguiu escapar e foi para o quarto com uma das meninas", diz o pai da vítima, funcionário público de 43 anos.

Segundo relata o pai, apenas no dia 27 de agosto deste ano que a filha teve coragem de contar tudo a ele e a esposa, pois pediu ajuda, falando que após o ocorrido começou a se sentir depressiva e estava pensando em tirar a própria vida. O pai diz que o momento está sendo muito difícil para a família.

"Há cerca de 10 anos somos amigos dele [suspeito], tanto que frequentava a casa e o sítio dele desde que minha filha era pequena. Nós frequentávamos a casa do sogro dele também e de outros amigos em comum. Na casa do sogro dele tem duas meninas que são amigas da minha filha e uma delas tem a mesma idade que ela. Raras vezes minha filha pedia para dormir na casa do sogro dele, e eu confiava porque também ele é meu amigo", explica.

Conforme relata o funcionário público, foram em outras ocasiões que o homem apontado como autor do crime pela estudante se aproveitava para abraçá-la e passar a mão nela.

"Ele a acariciava em lugares que ela não achava certo. Ela ficou traumatizada com o que aconteceu, mas ao mesmo tempo com medo da minha reação de pai. Ela só contou porque já estava querendo atentar contra a própria vida e não estava mais aguentando segurar essa história", diz.

"Minha filha é uma menina linda, atleta de jiu-jitsu e judô, não merece passar por isso. Não quero expor ela, apenas quero justiça. Só vou conseguir tentar seguir minha vida quando ele for preso. Nesta segunda-feira vamos ao IML fazer corpo de delito e, independente de ter havido defloração ou não, o processo vai correr com ele em liberdade, porque não houve flagrante", diz o pai.

A família procurou um advogado e o caso foi registrado como estupro de vulnerável no 2º Distrito Policial de Itanhaém. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso segue em investigação pela Polícia Civil da cidade.

O G1 tentou contato com o homem apontado pela adolescente como autor do crime, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.





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