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Policia MT
Quinta - 03 de Setembro de 2020 às 09:56
Por: Wesley Santiago/Max Aguiar

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Além de deferir mandados, a Justiça também aceitou o pedido de afastamento do Procurador-Geral de Cuiabá, Marcus Brito, por 180 dias. Ele é acusado de participação no esquema de desvios na secretaria de Saúde do município e foi alvo da segunda fase da 'Operação Overlap', deflagrada nesta quinta-feira (03), pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR) e Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em conjunto com o Gaeco.

Ao todo, são cumpridos quatro mandados de buscas contra o Procurador-Geral do município. Um deles é em seu escritório, localizado no bairro Boa Esperança, no qual ele figura como sócio, junto com o ex-secretário de Educação, Alex Vieira Passos, alvo da primeira fase operação.

A outra ordem judicial tem como alvo sua residência, no condomínio de luxo Belvedere, também na capital mato-grossense.

Além disto, a Polícia Civil confirmou que o gabinete da Procuradoria-Geral de Cuiabá também é alvo de mandado de busca e apreensão. Não há prisões nesta fase da operação.

Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o cumprimento dos mandados.

Na primeira fase, o agora ex-secretário de Educação, Alex Vieira Passos, também alvo de investigação, acabou afastado pela Justiça. Logo depois disto, ele pediu exoneração do cargo.

Á época, um dos contratos investigados era o da construção de uma creche, localizada no bairro CPA III, em Cuiabá, em que a empresa do secretário afastado seria a responsável por tocar o projeto.

Durante as análises, encontrou-se uma possível duplicidade de itens licitados, totalizando R$ 249.451,00 em custos executados, que já constavam no contrato anterior. Porém, foram executados novamente de forma integral ou parcial.

A obra, que tinha custo inicial de de R$ 1.432.300,00, foi finalizada com um total de 2.304.570,74, uma diferença de R$ 872.270,74. O valor é 60% maior do que foi licitado no começo.

O nome Overlap indica a sobreposição de itens licitados, pois as investigações apontaram duplicidade nas licitações identificadas, fazendo com que o município pagasse duas vezes pelo mesmo serviço.

Em nota, a prefeitura confirmou o afastamento e reiterou seu compromisso com a lisura e transparência na gestão pública, além de acrescentar que irá prestar todas as informações necessárias para conclusão de inquérito policial.

Confira a nota da Prefeitura de Cuiabá:

A Prefeitura Municipal de Cuiabá informa que afastou, a pedido, o procurador geral do município, Marcus Brito. Na manhã de hoje (3/9), a sede da Procuradoria é alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão em ação da Polícia Civil e do Ministério Público de Mato Grosso.

Reitera ainda o seu compromisso com a lisura e transparência na gestão pública e irá prestar todas as informações necessárias para conclusão de inquérito policial.


Atualizada às 08h25





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