"Não tenho compromisso com ninguém; estou analisando nomes" Vice-governador desistiu de disputa e diz que futuro apoio não estará vinculado à escolha do PDT
O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) afirmou que ainda não definiu qual candidato irá apoiar na eleição suplementar ao Senado, marcada para ocorrer em 15 de novembro.
Pivetta - que chegou a anunciar que disputaria o pleito, mas desistiu após um pedido do governador Mauro Mendes (DEM) - disse que a decisão não estará atrelada ao partido, que já demonstrou afinidade com a pré-candidatura do advogado Euclides Ribeiro Júnior (Avante).
"Eu não tenho compromisso com ninguém. Eu estou pensando, analisando os candidatos que vão se apresentar. Não tenho decisão ainda sobre quem apoiar", afirmou, durante coletiva realizada nesta quarta-feira (09), no Palácio Paiaguás.
Conforme Pivetta, ao ser questionado pelo presidente estadual do PDT, deputado Allan Kardec, sobre qual seria o seu posicionamento, pediu para que o partido fique livre para formar a aliança que achar mais viável.
De minha parte, falei para ele: façam o que vocês acharem melhor para o partido. Só não coloquem o meu compromisso, mas o partido fica livre
"De minha parte, falei para ele: façam o que vocês acharem melhor para o partido. Só não coloquem o meu compromisso, mas o partido fica livre", disse.
"O Euclides é uma pessoa que, até onde sei, tem uma história bonita para contar, é bem formado, é qualificado. Não tenho nada contra. Mas isso não quer dizer que vou apoiá-lo. Quero entender quais são os candidatos para depois decidir com tranqulidade", acrescentou.
Campanha "atípica"
Pivetta avaliou, ainda, que não enxerga um possível fortalecimento do grupo do senador tampão Carlos Fávaro (PSD) com seu recuo da disputa. Fávaro assumiu provisoriamente uma cadeira no Senado após a cassação da senadora Selma Arruda. Ele vai disputar o pleito para tentar se manter no cargo.
De acordo com o vice-governador, esta corrida ao Senado será "atípica, exótica e diferente de tudo o que já foi visto", por se tratar de uma eleição suplementar.
"Tem muitas variáveis e todo mundo vai estar muito ocupado com as suas respectivas paróquias. Cada prefeito, vereador, vai querer pensar em si. Lá em quinto lugar estará pensando em senador", disse.
"Vai depender muito e, sinceramente, não consigo fazer uma leitura de como vai ser o desenrolar da campanha", completou.
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