Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Quarta - 30 de Setembro de 2020 às 17:16
Por: Lislaine dos Anjos/Mídia News

    Imprimir


O chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, que comentou prisão de ex-adjunto
O chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, que comentou prisão de ex-adjunto

O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, afirmou, nesta quarta-feira (30), que tinha um "elo de confiança" com o ex-adjunto de administração sistêmica da pasta, Wanderson de Jesus Nogueira, preso na última semana acusado de receber propina. Ele afirmou que ambos trabalharam juntos por mais de 20 anos.

Nogueira foi preso em flagrante, no dia 24 de setembro, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), por suspeita de corrupção passiva. No momento da prisão, o ex-servidor estava com R$ 20 mil na mochila.

Ao comentar pela primeira vez sobre o caso, o chefe da Casa Civil disse que Nogueira trabalhou em sua empresa de 1989 a 2011, sendo convidado a trabalhar com ele no Governo do Estado em função do elo criado entre eles.

“Em 25 anos, eu fui auditado, no mínimo, 50 vezes. Nessas auditorias internas na minha empresa, nunca teve nenhum ato cometido pelo Wanderson. Ele trabalhou na minha revenda de 1989 a 2011. Nesses anos todos, nunca teve um ato de desvio de conduta dele. Então, eu o chamei para a Casa Civil por ter esse elo de confiança”, afirmou.

Ele trabalhou na minha revenda de 1989 a 2011. Nesses anos todos, nunca teve um ato de desvio de conduta dele

Carvalho disse que acredita na atuação dos órgãos de investigação e na Justiça e que não irá condenar precipitadamente o ex-adjunto.

“Primeiro temos que ter a prova do ato. Não podemos condenar ninguém. Eu acho isso imoral e injusto, porque estamos tratando de vidas, de seres humanos, então temos que ter muito cuidado com relação a isso. Não temos direito de destruir pessoas simplesmente por um indício, por uma denúncia anônima”, afirmou.

No entanto, Carvalho afirmou que se alguma irregularidade for comprovada, o Governo não irá se furtar a tomar as medidas necessárias.

O secretário ressaltou, ainda, que o caso não mancha a pasta ou a gestão Mauro Mendes (DEM).

“O Governo não coaduna com nenhum ato ilícito e ilegal. Não coadunamos seja com quem for. O Governo sempre vai tomar medidas energéticas no combate à corrupção. Agora, lógico, que respeitamos a defesa, o contraditório”, disse.

Prisão e exoneração

Na mesma hora que o fato chegou ao meu conhecimento, fizemos o ato de exoneração. Então, se tivesse a prisão ou não, ele já estava exonerado

Carvalho afirmou ter recebido informações sobre a possível irregularidade envolvendo Wanderson horas antes da prisão e, no mesmo momento, tomou a decisão pela exoneração dele do cargo.

“A demissão dele foi feita independente da blitz e do ato da prisão. Na mesma hora que o fato chegou ao meu conhecimento, fizemos o ato de exoneração. Então, se tivesse a prisão ou não, ele já estava exonerado”, afirmou.

Além de aguardar a apuração dos órgãos responsáveis, o Governo também determinou à Controladoria Geral do Estado para que faça auditoria no contrato e nas medições da obra realizada pela empresa TMF, que também é alvo da investigação do Gaeco e é apontada como a responsável por repassar o dinheiro que o ex-adjunto portava no momento da prisão.

Conforme Carvalho, a TMF é responsável por uma reforma que está sendo realizada no Palácio Paiaguás.

“Fui informado que quem repassou esse valor foi a empresa TMF e ela também tem direito à sua defesa para justificar o porquê desse dinheiro. Se existe alguma negociação fora do Estado de Mato Grosso, como já foi comentado na imprensa, sobre uma fábrica de gelo de propriedade do Anderson, então essas coisas serão levantadas pelo Ministério Público e pelo Gaeco”, declarou.

O chefe da Casa Civil ainda ressaltou que não foi chamado para prestar depoimento no caso, mas disse que estar à disposição de todos os órgãos de fiscalização.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/438486/visualizar/