Ex-secretário de saúde tenta revogar operação; juíza teria sido induzida a erro
Oex-secretário municipal de Saúde Luiz Antônio Possas de Carvalho, exonerado na quinta (1º), entrou com pedido de revogação da decisão que o afastou do cargo e determinou busca e apreensão em endereços da pasta e ligados a ele. Para a defesa de Possas, a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, teria sido induzida a erro na Operação Overpriced.
Luiz Antônio Possas de Carvalho foi afastado
"Nós pedimos a revogação das medidas restritivas porque encontramos um erro grave que induziu a juíza ao erro. E isso precisa ser investigado", afirmou o ex-secretário, que assina a petição.
De acordo com a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), teria havido superfaturamento na compra do medicamento Ivermectina por meio de dispensa de licitação em meio à pandemia da Covid-19. A polícia apontou que a própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS) havia comprado anteriormente o comprimido da Ivermectina por R$ 2,32 e no contrato investigado teria pago R$ 11,90 por unidade.
No pedido de revogação, Possas alega que o valor citado pela Deccor dizia respeito à caixa com quatro comprimidos, o que indicaria erro dos investigadores. Pelo cálculo da defesa, a caixa por R$ 11,90 com quatro unidades daria um custo de R$ 2,97 por comprimido. O valor seria apenas 38 centavos maior que o anterior e estaria dentro do limite máximo apontado em agosto pela tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O documento da CMED inclui 17% de ICMS e estabelece o preço unitário máximo de R$ 4,90, com a caixa com quatro comprimidos ficando em R$ 19,58.
Mais informações em instantes.
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