"Infelizmente, temos 227 mortos e 1.380 feridos", declarou o ministro do Interior, Mostapha Najar, ao canal estatal.
Algumas horas antes, as autoridades iranianas haviam divulgado um balanço de 250 mortos e 2.000 feridos.
"Os feridos estão sendo transferidos para os hospitais de Tabriz e da região", disse.
"As operações de resgate terminaram. Não há ninguém entre os escombros", afirmou Hasan Ghadami, diretor da célula de crise do ministério do Interior.
Intensidade
Os terremotos de sábado aconteceram com apenas 10 minutos de intervalo na região de Varzeghan, a 60 km de Tabriz, noroeste do Irã.
De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, o primeiro terremoto, de magnitude 6.4, foi registrado a 60 km da cidade de Tabriz e a 9,9 km de profundidade.
O segundo terremoto, que aconteceu apenas 11 minutos após o primeiro, atingiu magnitude 6.3 a 49 km da mesma cidade e em uma profundidade similar.
Desde então, mais de 80 tremores secundários foram registrados na região, que tem mais de 16.000 desabrigados.
A área da catástrofe tem uma população de 128.500 pessoas, a grande maioria vivendo em pouco mais de 530 vilarejos.
Em Bajeh-Bakh, com pouco mais de 400 habitantes, 33 pessoas morreram, a maioria crianças e mulheres. Os moradores procuravam sobreviventes em meio ao desespero.
Resgates
O ministro do Interior, Mohamad Najar, visitou a área devastada neste domingo com a ministra da Saúde e o diretor do Crescente Vermelho por ordem do presidente Mahmud Ahmadinejad "para avaliar a situação e organizar as operações", segundo a agência Mehr.
As equipes de resgate e o Crescente Vermelho distribuíram barracas, cobertores, roupas, alimentos e água aos afetados.
A maioria dos homens trabalhava no campo no momento da catástrofe, mas as mulheres e crianças estavam dentro de casa e foram as grandes vítimas da tragédia.
Em Tabriz, uma cidade de 1,5 milhão de habitantes, os danos foram apenas materiais, de acordo com as autoridades.
O Irã está situado sobre falhas geológicas importantes e sofreu terremotos devastadores ao longo de sua história. O mais importante dos últimos anos, em dezembro de 2003, matou 31.000 pessoas em Bam (sul), 25% da população da cidade.
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