Uma mulher de Casa Branca (SP) teve uma surpresa desagradável ao preparar uma macarronada. Ao abrir uma lata de extrato de tomate, ela encontrou um preservativo dentro do recipiente. A Cargil, empresa fabricante, afirma que ainda não teve acesso ao material para análise.
Maria Aparecida Silva preparava o jantar na companhia da filha e de uma vizinha. A dona de casa usou o resto de molho que tinha guardado na geladeira e abriu uma nova lata para completar o volume. “Quando eu tirei mais um pouco de molho, vi o preservativo lá dentro”, conta.
Perplexas, as mulheres se assustaram com a cena. “Eu acho que isso não é algo para estar no alimento da gente, não é?”, questiona, indignada, a vizinha.
A dona de casa procurou ajuda e acionou o Procon de Casa Branca. A denúncia também foi levada à Vigilância Sanitária. Um documento foi elaborado com os dados do produto, como data de validade e identificação. Também ficou registrado o pedido de uma vistoria na fábrica responsável pela mercadoria.
Segundo o advogado Acácio Della Torre Junior, responsável pelo caso, outros documentos serão solicitados. Até mesmo o cupom fiscal da compra das três latas foi preservado. “Eu acredito que a dona Maria foi lesada de alguma forma e vai ter esse prejuízo saneado”, disse.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a Cargill, empresa fabricante do extrato de tomate, afirmou que ainda não teve acesso ao produto para fazer a análise. A marca ressaltou ainda que trabalha para manter a qualidade dos alimentos.
Caso semelhante
Em Ponta Gross (PR), uma consumidora afirmou ter encontrado um preservativo dentro de uma lata do extrato em julho passado. A mulher havia aberto o produto e utilizou parte do conteúdo da lata para cozinhar o almoço. À noite, no momento de fazer o jantar, percebeu algo estranho na lata e viu do que se tratava.
Condenação
Em julho do ano passado a 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) condenou a Unilever a pagar R$ 10 mil, por danos morais, a uma consumidora que encontrou um preservativo masculino dentro de uma lata de extrato de tomate da marca Elefante.
O fato ocorreu em novembro de 2007. A autora da ação narrou que depois de servir almôndegas no almoço foi retirar da lata o que havia sobrado do extrato de tomate e encontrou o preservativo. Também informou que depois da descoberta ela e a família sentiram náuseas, inclusive com episódios de vômitos.
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